Na carta nº 125 do APFB, que questiona qual “animal que anda no teto e na parede e come mosquito”, três lexias aparecem com maior frequência. São e...
Na carta nº 125 do APFB, que questiona qual “animal que anda no teto e na parede e come mosquito”, três lexias aparecem com maior frequência. São elas: Catende, que ocorre no nordeste do estado da Bahia; taruíra, que aparece somente no sul; e lagartixa, que ocupa todo território baiano, com uma menor frequência apenas na região nordeste do estado. Ao se contrastar esse mapa com a carta nº 199 do ALES, é possível observar a ocorrência, especificamente, da lexia taruíra, dado o alcance que esta representa diante de outras formas registradas no estado, a saber, calango, biba e camaleão, todos com uma ocorrência esparsa. Com relação a taruíra, observa-se que esta lexia aparece em todo o território capixaba e apenas ao sul do estado da Bahia, o eu revela, também, a influência do Espírito Santo sobre os falares baianos. Já quanto à lagartixa, observa-se uma ocorrência esparsa ao norte e a formação de uma isoléxica, que vai do centro ao sul do estado. É preciso salientar que esta denominação para o animal que anda no teto e nas paredes foi registrada em outros atlas, podendo, assim, ser considerada uma lexia padrão. No Atlas Linguístico do Paraná, carta nº 63, aparecem as lexias lagartixa, camaleão, calango, biba e serelepe. O dicionário Caldas Aulete (2012), apresenta essa acepção de catende como sinônimo de lagartixa. Para calango, a obra indica “nome comum a diversas espécies de lagartos pequenos da fam. dos teiídeos”.
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