Por que a retrocessão não é o cancelamento da desapropriação? Doutrina e jurisprudência sempre discutiram se a retrocessão é direito real, e, port...

Por que a retrocessão não é o cancelamento da desapropriação?

Doutrina e jurisprudência sempre discutiram se a retrocessão é direito real, e, portanto, tem direito de sequela, ou se é direito pessoal (que uma vez não assegurado resolve-se em perdas e danos).
CC, art. 519: “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa”.
Não obstante o Código Civil indicar que a retrocessão se trata de direito de preferência (direito pessoal), há precedentes do Superior Tribunal de Justiça que a consideram como um direito real e, consequentemente, tem direito de sequela. Ademais, há quem entenda que o direito de retrocessão possui natureza mista (pessoa ou real) cabendo ao proprietário a escolha.