A primeira criança diagnosticada com autismo foi Donald, filho de Oliver Triplett Jr. e Mary. O pai enviou uma carta para o médico Leo Kanner, descrevendo detalhadamente os primeiros cinco anos de vida de seu filho. Ele relatou que seu filho parecia não querer ficar perto da mãe, e permanecia totalmente alheio a todos à sua volta, tinha ataque de raivas frequentes, e achava objetos giratórios infinitamente fascinantes. Sobre o desenvolvimento de Donald: Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F): ( ) Donald apresentava talentos incomuns, com dois anos memorizou o salmo 23, cantou sozinho e com afinação perfeita músicas que havia ouvido de sua mãe uma única vez. Tinha ouvido absoluto. ( ) Porém, Donald não conseguia se expressar, não falava nenhuma palavra, o que dificultava muito sua relação com os pais. ( ) A revista BBC News Brasil encontrou Donald em 2007, com 82 anos, vivendo em sua própria casa. ( ) Ele morava em uma pequena cidade onde todos os conheciam, tinha um Cadillac para percorrer as redondezas e um hobby: o golfe. ( ) Sozinho, ele rodou os Estados Unidos e conheceu outros países. a. F - V - F - F - V b. V - F - V - V - V c. F - V - V - F - V d. V - F - V - F - F e. V - F - V - V - F
Além do psiquiatra infantil Leo Kanner em 1940 falar pela primeira vez sobre os sintomas de autismo em crianças, Hans Asperger na Áustria, em 1944 publicou o artigo “Psicopatologia autista da infância”, em que descreveu quatro crianças com características semelhantes às descritas por Kanner (1943), inclusive usando o mesmo termo, autista, para os sintomas. Com base nessa informação analise as asserções abaixo: A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: I. Nesse intuito, as descrições de Asperger (1944) apresentaram características que já haviam sido levantadas por Kanner (1940), como a dificuldade das crianças em fixar o olhar durante situações sociais, diante disso, ele fez algumas ressalvas sobre as peculiaridades dos gestos, carentes de significados e caracterizados por estereotipias. II. para Asperger (1944), as crianças com autismo apresentavam uma forma ingênua e inapropriada no convívio social, em aproximar-se das pessoas. Notou, ainda, dificuldade dos pais em constatar comprometimentos nos três primeiros anos de vida da criança, Kanner (1940) não descreveu tais características. a. As asserções I e II são proposições falsas. b. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. c. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. d. A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
O TEA possui uma complexa natureza etiológica, por isso, para o tratamento apresentar os melhores resultados é necessário que a criança seja incluída em equipes de reabilitação interdisciplinar, com especialistas de várias áreas, como, psicopedagogos, médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, terapeutas comportamentais. Sobre a equipe multiprofissional: Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F): ( ) Para que as terapias apresentem os melhores resultados possíveis, pais, profissionais e pacientes precisam estar em sintonia, com os mesmos objetivos, além da escola em que a criança frequenta. ( ) Além da sintonia dos profissionais responsáveis pelo tratamento da criança com TEA, é necessário que haja sintonia também entre os colegas da escola, para que esse aluno incluído não sofra bullying ou se submeta ao papel de vitimização. ( ) Mesmo o autismo sendo um comprometimento permanente, a maioria dos indivíduos apresentam melhoras no relacionamento social, na comunicação e nas habilidades de autocuidado quando crescem. ( ) Entre vários fatores que acarretam essa melhora, destacam-se a presença de alguma linguagem de comunicação perto dos cinco ou seis anos de idade, o nível intelectual não-verbal, a gravidade da condição e a resposta à intervenção educacional (KLIN, 2006). ( ) Esses ganhos acontecem geralmente quando a criança frequenta a escola primária e principalmente quando são feitas intervenções estruturadas, individualizadas e intensivas. a. F - F - V - V - V b. V - F - V - F - V c. V - F - F - V - F d. V - V - V - V - V e. V - V - F - V - V
O psicólogo, com sua formação específica e definida, também faz parte da equipe multidisciplinar necessária para contribuir no desenvolvimento da pessoa com TEA. Seu conhecimento na área do desenvolvimento humano possibilita condições para detectar as áreas defasadas e comprometidas, a participação da família é fundamental para todo esse processo. Assim sendo, podemos afirmar que: a. O psicólogo, com sua formação específica e definida, também pode fazer parte da equipe multidisciplinar da pessoa com TEA, porém, seu papel não é importante. b. Durante o acompanhamento psicológico de um autista, a família não deve se envolver nas sessões e nem no que é conversado nela entre o terapeuta e a criança com TEA. c. A psicologia pode contribuir de maneira significativa na vida de pessoas com TEA, independente dos níveis de desenvolvimento. d. A única função do terapeuta é desenvolver nas crianças com TEA seus sentimentos de autovalor e autoconfiança, assim como confiar no outro e buscar sua independência. e. É importante que o psicólogo esteja atualizado com os trabalhos e pesquisas recentes para orientar a família, já que ele não irá conseguir realizar um bom trabalho com a criança e sim com a família apenas.
O psicopedagogo que acompanha a criança com TEA deve auxiliar o professor a conhecer e identificar as facilidades e dificuldades do estudante autista, para que juntos possam planejar conteúdos, materiais adaptados e como aplicá-los. Sobre as intervenções do psicopedagogo é correto afirmar: a. O psicopedagogo precisa pensar em estratégias que busquem promover o bem-estar, reduzindo o medo, a ansiedade e a frustração; promovendo a autonomia; o desenvolvimento das habilidades de comunicação e autoconsciência; desenvolvendo habilidades cognitivas e atenção. b. Alguns materiais podem ajudar a nortear o trabalho do professor, que vão desde materiais pedagógicos, a reforçadores positivos, técnicas de educação comportamental, porém, para utilizar esses materiais em sala de aula, o professor precisa ter especialização em psicopedagogia. c. O psicopedagogo precisa cobrar que o professor regente estude, faça cursos e aprenda sobre o TEA, passando a conhecer técnicas e métodos variados que auxiliem o aluno a desenvolver habilidades e agregar conhecimentos. d. O professor regente da turma pode se sentir intimidado, por não dominar totalmente os aspectos do TEA. e. O psicopedagogo precisa contribuir para que a escola e o professor compreendam o laudo clínico da criança com TEA, uma vez que suas capacidades e possibilidades de aprendizagem são limitadas.
O diagnóstico precoce para o TEA, é fundamental para que a criança receba as intervenções e tratamentos adequados. Porém, vários fatores influenciam em um diagnóstico tardio, como variabilidade nos padrões de desenvolvimento, poucas disparidades entre crianças neurotípicas e com atrasos não severos, além da conduta de negação de algumas famílias. No que se refere ao diagnóstico da criança com TEA: Assinale a alternativa correta: I – O autismo é um espectro, com uma ampla gama de comportamentos. Muitas vezes, seus sintomas variados levam ao diagnóstico tardio do autismo; II – O diagnóstico do autismo não é simples, requer avaliações com diferentes especialistas e entrevistas estruturadas com os pais sobre os sintomas atuais e passados da criança. Dessa forma, o TDAH associado ao autismo pode ser confundido com um TDAH grave, pois os sintomas dos dois transtornos podem ser muito semelhantes, a princípio; III – Hoje, com o avanço da medicina, existem exames clínicos que possam contribuir significativamente para o diagnóstico do TEA, inclusive explica o aumento do número de crianças diagnosticadas nos últimos anos; IV – Para evitar o diagnóstico tardio, é muito importante que os pais prestem atenção no desenvolvimento de seus filhos. Uma vez que os principais sintomas do Transtorno são sinais de atraso na linguagem, comunicação, interação social e interesses restritos e repetitivos. a. Apenas I e IV estão corretas. b. Todas as alternativas estão corretas. c. Apenas II e III estão corretas. d. Apenas I, II e IV estão corretas. e. Apenas I, III e IV estão corretas.
De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) a terapia ocupacional é uma "profissão de nível superior voltada ao estudo, à prevenção e ao tratamento de indivíduos com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas". Com base nessa afirmação a Terapia Ocupacional pode contribuir no desenvolvimento da criança com TEA em quais aspectos: I – Muitas crianças com TEA possuem aversão ou interesses sensoriais, em algumas situações, essas sensibilidades podem se tornar problemáticas, a Terapia Ocupacional contribui para reduzir as aversões sensoriais; II – A Terapia Ocupacional pode contribuir para trabalhar o uso de fones de ouvido para reduzir os sons do ambiente, usando uma variedade de exposições táteis para a criança adaptar-se às sensações; III – Quando o profissional de Terapia Ocupacional desenvolve um bom trabalho com a criança diagnosticada com TEA, o profissional de fisioterapia pode ser dispensado do grupo multidisciplinar; IV – A terapia ocupacional não trata a condição do paciente de modo isolado, mas sim de modo integrado à vida, buscando a conquista de sua autonomia e habilidades ocupacionais a. Apenas II e IV estão corretas. b. Apenas I, II e III estão corretas. c. Apenas I e II estão corretas. d. Apenas I, III e IV estão corretas. e. Apenas I, II e IV estão corretas.