O afogamento caracteriza-se pela aspiração de líquido não corporal devido a submersão ou imersão. Sua apresentação clínica é bem variada e depende especialmente do tempo de submersão e da associação com patologias de origem traumática. Em vítimas de submersão de curta duração, normalmente há recuperação da consciência imediata. Em contrapartida, naquelas que permaneceram muito tempo sob a água, pode haver parada cardiorrespiratória. Comecemos o assunto por definir alguns termos importantes: Resgate: pessoa resgatada da água sem sinais de aspiração líquida. Afogamento: aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão. Já cadáver: morte por afogamento sem chances de iniciar a ressuscitação, comprovada por tempo de submersão maior que 1 hora ou sinais evidentes de morte há mais de 1 hora, como rigidez cadavérica, livor ou decomposição corpórea. O sistema atual de classificação de afogamento divide as vítimas em seis grupos, de acordo com Sallum e Paranhos (2010): Grau 1: tosse com ausculta pulmonar normal. Grau 2: ausculta pulmonar com estertores pulmonares. Grau 3: edema agudo de pulmão sem hipotensão. Grau 4: edema agudo de pulmão com hipotensão arterial. Grau 5: parada respiratória. Grau 6: parada cardiorrespiratória. As intervenções de Enfermagem em vítimas de afogamento envolvem a observação do nível de consciência devido a hipoxemia, avaliação da permeabilidade das vias aéreas superiores, realização da ausculta pulmonar, observação do padrão respiratório, controle da temperatura corpórea e redução dos fatores de risco para infecção.