Como juiz responsável pelo caso, eu julgaria a ação procedente. Isso porque, de acordo com o artigo 1.596 do Código Civil, os filhos havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Além disso, o artigo 1.593 do mesmo Código estabelece que a filiação pode ser socioafetiva, ou seja, aquela que se constitui por meio da posse do estado de filho, ou seja, quando alguém é tratado como filho por outra pessoa, mesmo sem ter vínculo biológico. No caso em questão, Francisco criou Clara como se fosse sua filha, estabelecendo uma relação socioafetiva com ela. Dessa forma, mesmo não sendo filha biológica de Francisco, Clara tem direito a alimentos, uma vez que a relação socioafetiva estabelecida entre eles gera os mesmos efeitos jurídicos da filiação biológica.
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