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O relatório "Trabalho Infantil e Pandemia: DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIAS DE COMBATE", realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo...

O relatório "Trabalho Infantil e Pandemia: DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIAS DE COMBATE", realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), expõe que o trabalho infantil diminuiu 94 milhões, sendo considerado condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. Diante da pandemia do COVID-19, houve uma grande modificação no cotidiano da população mundial, com a decretação da suspensão das atividades de escolas, universidades, órgãos do governo, do comércio e de serviços considerados como não essenciais. Nesse contexto, Maria Zuila Lima Dutra, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, destaca que situações como a pandemia do COVID-19 agravam o trabalho infantil, uma vez que há aumento nos índices de desemprego no país, por consequência, fazendo com que crianças e adolescentes troquem sua força de trabalho por alimento, visto que passa a haver a necessidade de sobrevivência. Assim sendo, faz-se necessária a adoção de medidas emergenciais que visem coibir o possível aumento nos índices de trabalho infantil, pois, neste cenário, crianças e adolescentes são alguns dos sujeitos sociais mais vulneráveis. Nessa conjuntura, o III Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (2019-2022), traz como objetivo a aceleração na eliminação do trabalho infantil, levando em consideração ações que consigam abarcar todas as faixas etárias, nas mais diversas atividades. Assim, tornando-se possível a garantia do acesso à escola de qualidade, inclusive para o adolescente trabalhador em processo de aprendizagem. O presente plano traz sete eixos estratégicos, sendo eles: a) Priorização da prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção ao adolescente trabalhador nas agendas políticas e sociais; b) Promoção de ações de comunicação e mobilização social; c) Criação, aperfeiçoamento e implementação de mecanismos de prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção ao adolescente trabalhador, com destaque para as piores formas; d) Promoção e fortalecimento da família na perspectiva de sua emancipação e inclusão social; e) Garantia de educação pública de qualidade para todas as crianças e os adolescentes; f) Proteção da saúde de crianças e adolescentes contra a exposição aos riscos do trabalho; g) Fomento à geração de conhecimento sobre a realidade do trabalho infantil no Brasil, com destaque para as suas piores formas. Contudo, nos últimos anos, está havendo fragilização das ações que objetivam a prevenção e erradicação do trabalho infantil como, à título de exemplo, o fim da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti), em 2019, a qual era responsável por acompanhar a execução do plano supracitado. Ademais, importante se faz destacar a campanha nacional resultado do trabalho conjunto do Ministério Público do Trabalho (MPT), Justiça do Trabalho, OIT e o FNPETI intitulada “COVID-19: agora mais que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil”. A campanha objetiva alertar sobre os riscos do crescimento da exploração do trabalho infantil resultante dos impactos gerados pela pandemia do COVID-19, conscientizando a sociedade e o Estado de que se faz necessária uma maior proteção das crianças e dos adolescentes diante da vulnerabilidade socioeconômica das famílias, resultado da crise causada pela pandemia. No mais, ressalta-se a Lei n° 13.982/20, a qual traz a figura do auxílio emergencial, sendo concedido o valor de R$ 600,00 por três meses e prorrogado por mais dois a partir do Decreto n° 10.412/20, àqueles que estejam de acordo com os requisitos trazidos pelo Artigo 2° da lei supracitada. O presente auxílio trata-se de um benefício financeiro que objetiva prover uma assistência emergencial durante o período de enfrentamento à crise resultado da pandemia do COVID-19. Todavia, em virtude do fato de diversas famílias não estarem conseguindo o benefício do Governo Federal, muitas crianças estão migrando para o trabalho infantil como forma de sobrevivência em meio à pandemia, uma vez que o sustento das famílias fica comprometido. Com base no exposto, analise as seguintes afirmativas: I. O relatório aponta que o trabalho infantil diminuiu 94 milhões, o que é considerado fundamental para a superação da pobreza e o desenvolvimento sustentável. II. O III Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (2019-2022) traz sete eixos estratégicos, incluindo a priorização da prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção ao adolescente trabalhador nas agendas políticas e sociais. III. A fragilização das ações de prevenção e erradicação do trabalho infantil nos últimos anos incluiu o fim da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti), responsável por acompanhar a execução do plano nacional. IV. A Lei n° 13.982/20 instituiu o auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 por três meses, prorrogado por mais dois, para aqueles que atendem aos requisitos estabelecidos. Agora, assinale a alternativa CORRETA:
I. O relatório aponta que o trabalho infantil diminuiu 94 milhões, o que é considerado fundamental para a superação da pobreza e o desenvolvimento sustentável.
II. O III Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (2019-2022) traz sete eixos estratégicos, incluindo a priorização da prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção ao adolescente trabalhador nas agendas políticas e sociais.
III. A fragilização das ações de prevenção e erradicação do trabalho infantil nos últimos anos incluiu o fim da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti), responsável por acompanhar a execução do plano nacional.
IV. A Lei n° 13.982/20 instituiu o auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 por três meses, prorrogado por mais dois, para aqueles que atendem aos requisitos estabelecidos.
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

Essa pergunta também está no material:

E-book - Trabalho Infantil e Pandemia (2)
390 pág.

Metodologia de Pesquisa I Humanas / SociaisHumanas / Sociais

💡 1 Resposta

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A alternativa correta é: d) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.

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