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A RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E SUAS CARACTERÍSTICAS E ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES Atividade complementar, apresentado ao Curso de Graduação em Dire...

A RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E SUAS CARACTERÍSTICAS E ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES Atividade complementar, apresentado ao Curso de Graduação em Direito, como um dos pré-requisitos para avaliação da primeira unidade da disciplina de Recuperação e Falência. Caruaru-PE 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 04 2. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA SEGUNDO ESTUDIOSOS ..................................... 05 3. CARACTERISTICAS DA RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL................................... 06 3.1 PROCEDIMENTO................................................................................................... 06 4. ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES .................................................................. 07 5. CONCLUSÃO............................................................................................................ 10 6. REFERÊNCIAS....................................................................................................................11 4 1 - INTRODUÇÃO O presente trabalho caracteriza-se como uma breve analise detalhada em que se busca condensar em um único local a teoria encontrada nas principais fontes sobre o tema com um enfoque especial para a Assembleia Geral de Credores que na atual legislação em vigor é o grande diferencial na recuperação judicial de empresas. Para a realização deste estudo foram utilizados artigos científicos, monografias, jurisprudências e livros, que tratem sobre o tema. Reunindo as principais ideias e explicitando a função da assembleia geral de credores dentro do processo, seus direitos e deveres e sua valia na recuperação de empresas que se encontram em dificuldades econômicas e financeiras. Este artigo tem por finalidade apresentar a lei 11.101/2005, a Nova Lei de Falências e Recuperação Judicial de Empresas, trazer a tona suas principais novidades sobre um tema de tamanha importância devido à atual crise econômica financeira global. Desta feita com a atual crise financeira mundial, o número de empresas que se encontram em dificuldades financeiras vem crescendo exponencialmente. Com a extinção a poucos anos da antiga concordata e a criação da nova lei de recuperação de empresas, estas instituições se viram com grandes chances de renegociar seus passivos e continuar atuando no mercado evitando assim a falência. Dito isso tal fato é de grande importância para a economia nacional, pois evita o fechamento de empresas que acarreta a diminuição da arrecadação de impostos e um grande número e postos de trabalho extintos. A legislação sobre o tema é relativamente nova, datada de nove de fevereiro de 2005, e ainda encontram-se poucas fontes de literatura específicas sobre o tema, que apresentam-se esparsas e desencontradas. 2 - RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA SEGUNDO ALGUNS ESTUDIOSOS Segundo alguns entendimentos de doutrinadores a respeito da matéria em tela, é cabível de interpretações das mais diversas e nos compete um breve comentário sobre certas afirmacoes, vejamos, Perin Junior afirma que: A lei 11.101/2005, cria um novo paradigma, reservando a unidade produtiva, separando a sorte da empresa da sorte do empresário faltoso, viabilizando a superação do estado de crise econômico-financeira. Sobre outro renomado estudioso, Mandel, afirma que: A decretação da falência de uma empresa produtiva, viável, geradora de empregos e que cumpre sua função social e econômica deve ser evitada ao máximo. Em analise a afirmações destes nobres doutrinadores podemos observar que na recuperação judicial mesmo com certos prejuízos dos credores, com possíveis descontos para que se possa honrar com as moratórias, a empresa devedora permanece viva, reduzindo os danos ao mercado, gerando impostos, mantendo empregos, voltando a comercializar e gerar lucros para a empresa e seus fornecedores. Assim, a recuperação pode ser entendida como o conjunto de medidas jurídicas, econômicas, administrativas e organizacionais tendentes a reestruturar e recuperar a atividade empresarial em crise. ção nacional ou das localidades das sedes e das filiais do devedor e expedirá carta a todos os credores que se sujeitaram ao plano, convocando todos os credores (não somente os que aderiram ao plano) para apresentarem suas impugnações ao plano de recuperação extrajudicial. Os devedores possuem o prazo de 30 dias para impugnarem o plano extrajudicial. Os devedores que aderiram ao plano (que receberam carta) que possuem esse prazo (art. 164, §§ 1º e 2º). O plano poderá ser impugnado: a) Caso falte 3/5 de aprovação de cada classe; b) Caso o devedor pratique atos de insolvência, ex: liqui de o ativo; c) Que o devedor pratique atos fraudulentos; d) Que o devedor descumpra qualquer exigência legal. 4 - ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES Aspecto dos mais delicados da Lei de Recuperação de Empresas é o da AGC – Assembleia Geral de Credores, não só pela sua importância como órgão máximo nos procedimentos concursais. O credor deixou de ser um simples agente passivo, passando a atuar intensamente e de maneira permanente, durante todo o processo de recuperação, através do Comitê de Credores ou da Assembleia Geral de Credores. De acordo com Valladão: A Assembleia de Credores não é novidade no direito falimentar brasileiro. Na vigência do Decreto-Lei 7.661/45, já se previa essa modalidade de participação dos credores no processo de falência, para deliberar, sobre forma alternativa de realização do ativo (art. 122 e 123 do aludido Decreto). A nova Lei que regula a Recuperação Judicial, a Extrajudicial e a Falência deu tratamento especial à questão, ampliando consideravelmente as atribuições da Assembleia Geral de Credores, que passou de mero veículo de deliberação das formas de realização do ativo, incluindo todas as questões sobre a recuperação judicial, tais como a aprovação, rejeição ou modificação ao plano de recuperação e a constituição do Comitê de Credores. Em consonância com o art. 35 da Lei de Falências (11.101/05), compete à AGC, na recuperação judicial: Art. 35. (…) I. Aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor; II. A constituição do comitê de credores, a escolha de seus membros e sua substituição; III. Pedido de desistência e recuperação judicial após o deferimento judicial de seu processamento; IV. Indicação do nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor; V. Qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores. E na falência: VI. A constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição; VII. A adoção de outras modalidades de realização de ativo, na forma do art. 145; VIII. Qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores Observa-se que o poder da assembleia geral não é decisório, não se sobrepondo ao jurisdicional. Pois, devido ao curso natural de funcionamento da assembleia, principalmente em havendo grande número de credores, traria litígios intermináveis. Isto, porque na assembleia de credores busca-se a proteção de interesses individuais, assim, por se tratar de interesses conflitantes a palavra final será sempre a do Estado, através do provimento jurisdicional. A lei determina que a AGC seja convocada pelo juiz, através de edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação nas localidades da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 dias, devendo constar: local, data e hora da assembleia em 1ª e em 2ª convocação, devendo a 2ª convocação ser realizada com interstício mínimo de 5 dias da 1ª. Os credores poderão requerer a convocação de assembleia-geral para: I. Constituição do comitê de credores ou substituição de seus membros; II. Para que o devedor possa desistir da recuperação judicial depois de deferido o seu processamento; III. O juiz convocará assembleia-geral se houver objeção de qualquer credor ao plano de recuperação; IV. Quando afastar o devedor da administração da empresa em recuperação e nomear gestor para prosseguir na administração; V. Sendo decretada a falência, se o juiz entender conveniente, poderá determinar a convocação da assembleia-geral; VI. Qualquer modalidade de realização do ativo demanda convocação da

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Recuperação e Falencia
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