Um dos marcos para a conformação do ordenamento jurídico brasileiro foi a Ditadura Vargas, que ocorreu entre 1937 e 1945. Durante esse período, o governo de Getúlio Vargas promoveu uma série de mudanças no sistema jurídico brasileiro, incluindo a criação de novas leis e instituições, como o Conselho Nacional do Trabalho e a Justiça do Trabalho. Além disso, a Constituição de 1937, conhecida como "Polaca", concedeu amplos poderes ao presidente, incluindo o poder de legislar por decreto e de suspender as garantias constitucionais em caso de "estado de guerra". As repercussões da Ditadura Vargas na sociedade brasileira foram significativas. Por um lado, o governo de Vargas promoveu uma série de reformas sociais e trabalhistas que beneficiaram os trabalhadores e as classes mais pobres. Por outro lado, o regime também foi marcado por violações dos direitos humanos, censura à imprensa e perseguição política. Além disso, a centralização do poder nas mãos do presidente e a limitação do poder judiciário contribuíram para a consolidação de um Estado autoritário e centralizado, que teve reflexos na política brasileira por muitos anos após o fim da ditadura.
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