Buscar

Questão 01. O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produzindo efeitos quando...

Questão 01. O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produzindo efeitos quando preenchidos os requisitos estabelecidos na lei. Sabidamente, os títulos de crédito devem obedecer a alguns princípios. Nesse sentido, leia as sentenças abaixo e indique o princípio correspondente. a) Princípio responsável por conferir aos títulos de crédito dinamismo. O dinamismo é requisito essencial para os negócios que são realizados na esfera empresarial e civil. Tal Princípio garante a negociabilidade, a agilidade e a segurança. Assegura a independência obrigacional das relações jurídicas subjacentes, simultâneas ou sobrejacentes à sua criação e circulação e impede que eventual vício em uma relação se comunique às demais ou invalida a obrigação literal inscrita na cártula. Subdivide-se em outros dois subprincípios. Princípio: Princípio da autonomia. Ele é responsável por conferir aos títulos de crédito dinamismo. O dinamismo é requisito essencial para os negócios que são realizados na esfera empresarial e civil. Com a autonomia estão garantidas a negociabilidade, a agilidade e a segurança. A autonomia, para Fábio Ulhoa Coelho, trata das [...] obrigações representadas por um mesmo título de crédito são independentes entre si. Se uma dessas obrigações for nula ou anulável, eivada de vício jurídico, tal fato não comprometerá a validade e eficácia das demais obrigações constantes do mesmo título de crédito. Se o comprador de um bem a prazo emite nota promissória em favor do vendedor e este paga uma sua dívida, perante terceiro, transferindo a este o crédito representado pela nota promissória, em sendo restituído o bem, por vício redibitório, ao vendedor, não se livrará o comprador de honrar o título no seu vencimento junto ao terceiro portador. Deverá, ao contrário, pagá-lo e, em seguida, demandar ressarcimento perante o vendedor do negócio frustrado. b) Princípio que estabelece o direito no título de crédito. Elemento constante na cártula, definindo a quantia e a obrigação jurídica creditícia. Elemento essencial para a segurança jurídica do título de crédito. Garante que o credor não poderá exigir nada além do que está descrito e delimitado no título, bem como o devedor não poderá ser obrigado a pagar quantia diversa da indicada. Princípio: Princípio da literalidade. É o direito estabelecido no título de crédito. Ou seja, é aquilo que está descrito no título em questão. A literalidade é elemento constante na cártula, estando na quantia e na obrigação jurídica descrita. É um elemento essencial para a segurança jurídica do título de crédito. Fábio Ulhoa Coelho estabelece que segundo o princípio da literalidade [...] não terão eficácia para as relações jurídico-cambiais aqueles atos jurídicos não instrumentalizados pela própria cártula a que se referem. O que não se encontra expressamente consignado no título de crédito não produz consequências na disciplina das relações jurídico-cambiais. Um aval concedido em instrumento apartado da nota promissória, por exemplo, não produzirá os efeitos de aval, podendo, no máximo, gerar efeitos na órbita do direito civil, como fiança. A quitação pelo pagamento de obrigação representada por título de crédito deve constar do próprio título, sob pena de não produzir todos os seus efeitos jurídicos. c) A existência do título de crédito necessita da formalização em documento físico, tangível. Representa o documento necessário para que se possa exigir o direito nele contido. Assim, a posse do título é imprescindível para que se comprove o direito de crédito nele contido. Sua exigibilidade condiciona-se a sua apresentação e sua transferência condiciona-se à sua entrega. Princípio: Princípio da cartularidade. Trata da necessidade do documento para que se exija o direito nele contido. Luiz Antônio Santiago Corrêa leciona Este princípio é extraído do art.887 CC/02 diz que o documento é necessário para que se possa exigir o direito nele contido. Isso quer dizer que para que seja legítima a exigibilidade do direito faz-se mister que a posse do título também deve ser legítima. A posse do título (ter a cártula/papel em mãos) é imprescindível para que se comprove o direito de crédito nele contido. Sua exigibilidade condiciona-se, portanto, a sua apresentação e sua transferência condiciona-se à sua tradição (entrega) d) O devedor de um título de crédito não pode recusar o pagamento ao portador de boa-fé alegando exceções pessoais em relação a outros obrigados do título. Assim, o devedor não poderá alegar, em sua defesa, matéria estranha à sua relação direta com o portador do título. Logo, somente será oponível a terceiros de boa-fé defesa fundada em vício do próprio título de crédito. Essa regra somente poderá ser excepcionada se o devedor provar a má-fé do portador do título, ocasião em que as exceções pessoais serão admitidas como válidas à sua defesa. Princípio: Principio da inoponibilidade. Este é um subprincípio da autonomia. A inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé significa que a pessoa obrigada por um título de crédito não pode se recusar em pagar ao portador do título, alegando qualquer relação pessoal. Não poderá alegar porque o terceiro de boa-fé nada tem a ver com a relação de base que ensejou a emissão do título. Assim, o devedor não poderá alegar, em sua defesa, matéria estranha à sua relação direta com o portador do título. Logo, somente será oponível a terceiros de boa-fé defesa fundada em vício do próprio título de crédito. Essa regra somente poderá ser excepcionada se o devedor provar a O subprincípio da abstração é uma formulação derivada do princípio da autonomia, que dá relevância à ligação entre o título de crédito e a relação, ato ou fato jurídicos que deram origem à obrigação por ele representada; o subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé, por sua vez, é, apenas, o aspecto processual do princípio da autonomia, ao circunscrever as matérias que poderão ser arguidas como defesa pelo devedor de um título de crédito executado. Questão 02. (CESPE – Juiz Substituto – TJ – ES – 2011). Com referência à letra de câmbio e o direito cambiário, assinale a opção correta. a) Para que a letra de câmbio produza os efeitos pretendidos, basta a identificação do sacador, do sacado e do tomador, não havendo requisito de natureza formal. b) Entre os requisitos estabelecidos em lei essenciais à produção de efeitos da letra de câmbio inclui-se a obrigatória identificação do tipo de título de crédito que se pretende gerar. c) Tratando-se de letra de câmbio, são inadmissíveis cláusula de correção monetária ou, em letra de câmbio à vista, fluência de juros entre as datas do saque e da apresentação. d) Não é necessário que a letra de câmbio mencione o lugar do pagamento e o lugar do saque. e) Para a emissão de letra de câmbio, que corresponde a ordem de pagamento, não é permitido que a mesma pessoa ocupe simultaneamente mais de uma situação. ALTERNATIVA: B. De acordo com a Lei Uniforme De Genebra, no seu artigo 1º a palavra letra ou letra de câmbio no título de credito é requisito essencial.

Essa pergunta também está no material:

ATIVIDADE N1 DIREITO EMPRESARIAL
14 pág.

Direito Penal I Universidade de UberabaUniversidade de Uberaba

Ainda não temos respostas

Você sabe responder essa pergunta?

Crie uma conta e ajude outras pessoas compartilhando seu conhecimento!


✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Outros materiais