Leia o excerto a seguir.   “[...] ainda que a EJA tenha uma forte presença negra, isso não significa que o pertencimento étnico-racial e as históri...

Leia o excerto a seguir.

“[...] ainda que a EJA tenha uma forte presença negra, isso não significa que o pertencimento étnico-racial e as histórias e culturas afro-brasileiras e africanas integrem o currículo e as práticas pedagógicas ali desenvolvidas. Por outro lado, não se pretende que as questões raciais sejam abordadas somente quando existirem estudantes negros, mas, sim, que se constituam em princípios, conhecimentos, atitudes e valores para todos, independentemente da cor/raça, forjando novas relações étnico-raciais na sociedade brasileira”.

Considerando o exposto, bem como o fato de que muitos estudantes que procuram a Educação de Jovens e Adultos (EJA) são provenientes de grupos discriminados, é correto afirmar que o trabalho concernente à relação étnico-racial na EJA deve:

• propiciar discussões a respeito da importância do processo de escolarização na idade certa, a fim de que se alcance um nível de desenvolvimento humano superior para a população brasileira.
• tematizar, superficialmente, as relações étnico-raciais, sem promover uma discussão sobre o assunto, visto que estudantes desse ciclo de ensino sempre estão cansados e esse tema não é do interesse deles.
• promover a discussão a respeito da evasão de jovens negros e indígenas do ambiente escolar, de modo que os estudantes compreendam o sistema racial instaurado no país.
• possibilitar debates que tematizem os motivos que levam os estudantes negros e indígenas a não finalizarem os estudos no período regular, devido às suas capacidades biológicas.
• problematizar as relações ético-raciais, com vistas à diminuição do respeito entre os indivíduos, bem como enfraquecer o movimento antirracista impregnado na sociedade brasileira.