Reportagem: Grito dos Excluídos pede redução das desigualdades: Com o lema Desigualdade gera violência - Basta de privilégios - Vida em primeiro lu...

Reportagem: Grito dos Excluídos pede redução das desigualdades: Com o lema Desigualdade gera violência - Basta de privilégios - Vida em primeiro lugar, ocorreu hoje (7) a 24ª edição do Grito dos Excluídos, reunindo representantes de MS, de trabalhadores e da juventude.

“Não foi uma independência vinda das lutas sociais, apesar de ter várias lutas naquele período de Brasil colônia. Então a gente tem que gritar para reconstruir a nossa história. O Grito nasce nesse sentido, de ser um grito de baixo, desde os trabalhadores e trabalhadoras, querendo construir e construindo na prática um novo Brasil, que acabe com os privilégios e as desigualdades [...] Respeita minha existência” (07.09.2018).

Disponível em:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-09/marcha-grito-dos-excluidos-pede-reducao-da-desigualdade - 26/06/2021 16:25hs.

A reportagem está divulgando uma caminhada anual organizada por diferentes Movimentos, Organizações Não Governamentais, Igreja Católica, ala ligada a Teologia da Libertação, outros militantes e artistas. Essa é uma ação coletiva apartidária que ganhou as principais avenidas das grandes Metrópoles como força de expressão popular e representa a denúncia de muitas necessidades, limites, desigualdades e retrocessos.

Diante dessa realidade, destaque a sentença FALSA sobre a relação entre MS e outros Movimentos, especialmente a educação escolar?

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• As desigualdades sociais são subprodutos das sociedades desenvolvidas. O sistema capitalista recria constantemente estratégias, linguagens e ferramentas sociais e econômicas para fortalecer a cultura do consumo. Isso se dá em parceria entre o Estado e as empresas através da política do livre comércio e do competitivismo. O que está faltando, segundo esses poderes, são pessoas capacitadas, empreendedoras, proativas e competitivas.
• A interface entre MS e Educação não é um empreendimento fácil de ser organizado porque as práticas escolares estão atreladas a um modo de ensinar e aprender que dificulta a relação pedagógica endógena entre conteúdos disciplinares e a vida. Essa relação acolheria a interface com os Movimentos que acontecem no bairro como a Associação do Bairro, Clube de Mães, Associação de Mulheres, Grupo de Jovens, Cooperativas.
• A interface entre MS e Educação não é um empreendimento fácil de ser operado, pois o planejamento pedagógico da educação escolar, com respectivas orientações curriculares, habilidades e competências, avaliação interna e externa, não foram pensados para essa articulação. Além disso, a formação inicial e/ou continuada dos professores nem sempre provoca esse olhar interseccional e transdisciplinar entre a rotina, os conteúdos escolares, avaliação e os conteúdos da vida.
• As diferenças e as diversidades culturais do Brasil carecem da formação cultural que exercite um olhar transdisciplinar que exige uma formação crítica dos professores. A cultura letrada possui dificuldades em reconhecer outras formas de saberes, esses que os MS constroem junto às comunidades, as mulheres, ao jovem, ao mundo do trabalho cooperativo e associado. A educação escolar precisa ensinar, mas também pode aprender com a educação não-escolar da vida e do trabalho muito mais.
• A questão da desigualdade social está atrelada a distância socioeconômica estabelecida. Contudo, a responsabilidade é de todos: da educação, do Estado, dos Movimentos e organizações não governamentais. O Estado atua na elaboração das políticas setoriais pensando nessa demanda, mas elas não saem do papel devido cultura engessada das práticas pedagógicas tradicionais. Estabelecer um projeto diferenciado, de continuidade em diálogo com as necessidades educativas depende mais da atuação livre e criativa do professor que da ação governamental.