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O IMPÉRIO ROMANO (27 A.C. - 476 D.C.) As lutas políticas internas levaram ao poder, Otávio Augusto (27 a.C.-14 d.C.), primeiro imperador romano. De...

O IMPÉRIO ROMANO (27 A.C. - 476 D.C.) As lutas políticas internas levaram ao poder, Otávio Augusto (27 a.C.-14 d.C.), primeiro imperador romano. Desgastados pelas disputas internas e externas, os aristocratas romanos e o povo apoiavam a instalação de um governo forte, que estabilizasse a política e a economia de Roma. O poder concentrou-se nas mãos de Otávio, com ampla aceitação nas diversas camadas da sociedade romana. Otávio recebeu vários títulos concedidos pelo Senado, ampliando seus poderes, entre eles o Augusto (sagrado), Princeps Senatus (principal do senado), Imperador (comandante supremo do exército), Pontífices Maximus (sacerdote máximo), Pater Patriae (pai da pátria) etc. Seu governo destacou-se pela preocupação com a estabilidade interna e externa do Império. Somando tantos poderes, Otávio Augusto tornou-se, na prática, rei absoluto de Roma. Mas não assumiu oficialmente o título de rei. Permitiu que as instituições republicanas, principalmente o Senado, continuassem sobrevivendo na aparência. Durante seu longo governo, Augusto promoveu uma série de reformas sociais e administrativas. Incentivou a agricultura, o comércio e a indústria, construiu obras públicas que geraram empregos, fortaleceu a vigilância das fronteiras do Império, criou a guarda pretoriana para a sua proteção pessoal e estimulou as artes. O imenso Império passou a desfrutar um período de dois séculos de relativa paz e segurança, conhecido como Pax Romana (Paz Romana). A prosperidade romana conseguida com as conquistas modificou profundamente o comportamento político de patrícios e “Homens Novos”, que desejavam usufruir de seus bens, preocupando-se apenas com o próprio prazer, dando plenos poderes a Otávio. Augusto fez uma reforma social, dividindo as pessoas em grupos, de acordo com a sua riqueza. Os plebeus ricos ficavam no mesmo grupo social dos patrícios. Para a massa de plebeus pobres, havia o serviço militar por vinte anos e a possibilidade de receber, depois, terras nas províncias. Restava ainda um grande número de desempregados. A eles se oferecia a política de “pão e circo”, ou seja, distribuição de pequena quantidade de trigo e espetáculos de luta entre gladiadores, entre homens e feras etc. No final do século I, o Império Romano atingiu sua máxima extensão; já tinha conquistado toda a Itália e muitos outros territórios da Europa, do norte da África e do Oriente Médio. Para protegê-lo, estenderam-se guarnições militares ao longo das fronteiras. Além de tropas, deslocou-se também um grande número de funcionários para essas regiões. Os séculos I e II foram notáveis, em especial pelas construções feitas em Roma e outras cidades e pelo grande desenvolvimento da arte e da literatura. A cultura romana – suas leis, seus costumes, sua língua e seus templos – espalhou-se pelas províncias, principalmente europeias. Após a morte de Augusto, em 14 d.C., o período imperial costuma ser dividido em dois períodos: alto império e baixo império. ALTO IMPÉRIO (27 A.C.-235). Sucederam a Augusto, até o fim do século II, quatro dinastias de imperadores:  Dinastia Júlio-Claudiana (14-68): com os imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. Essa dinastia esteve ligada à aristocracia patrícia romana. A principal característica dessa fase foram os constantes conflitos entre o Senado e os imperadores.  Com a morte de Nero, os exércitos de fronteira passaram a requerer o direito de opinar na sucessão imperial, privilégio até então da guarda pretoriana.  Em meio às revoltas militares, Roma teve em um ano três imperadores:  Galba, indicado pelo exército da Espanha, Otão, indicado pela guarda pretoriana e Vitélio, indicado pelo exército do Oriente.  Dinastia Flávia (68-96): com os imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano. Esteve ligada aos grandes comerciantes. Os imperadores dessa dinastia, apoiados pelo exército, submeteram totalmente o Senado. Nesse período, os romanos dominaram a Palestina e houve a dispersão (diáspora) do povo judeu. Governos relativamente tranquilos em que se verificou um reequilíbrio da economia e das instituições.  Dinastia Antonina (96-193): com Nerva, Trajano, Adriano, Antônio Pio, Marco Aurélio e Cômodo, Roma conheceu um período de grande prosperidade, pois os imperadores dessa dinastia, exceto o último, foram excelentes administradores. Adotaram uma atitude conciliatória em relação ao Senado. Roma jamais voltou a conhecer um período de esplendor como este.  Após o assassinato de Cômodo, último dos Antoninos, aumentou a luta pelo poder, da qual participavam os militares, que queriam o título de Imperador. Esse período, que caracteriza todo o século III, é denominado Anarquia Militar.  Dinastia Severa (193-235): com Sétimo Severo, Caracala, Heliogábalo e Severo Alexandre, caracterizou-se pelo início de crises internas e pressões externas, exercidas pelos bárbaros, prenunciando o declínio do Império Romano, a partir do século III da era cristã. BAIXO IMPÉRIO (235-476) Em 235, iniciou-se um longo processo que se estenderia pelos dois séculos seguintes e culminaria com a desagregação de grande parte do Império Romano. As principais características desse processo foram: As crises políticas, já que não havia um critério definido de sucessão para o trono. Muitas vezes, a sucessão era marcada por guerras entre os generais mais poderosos; O colapso do sistema escravista, causado pelo fim das guerras de conquistas a partir do governo de Adriano (117-138). Com o término das conquistas, perdeu-se a principal fonte de mão de obra escrava, os prisioneiros de guerra; Os problemas econômicos: para pagar suas despesas, o governo era obrigado a aumentar os impostos e a emitir dinheiro, gerando inflação e descontentamento; As dificuldades para proteger e manter as inúmeras fronteiras do Império. Sem dinheiro para pagar os soldados, extensas áreas ficaram desprotegidas, o que facilitou a invasão de povos inimigos, sobretudo os de origem germânica; A difusão do cristianismo, que pregava valores contrários à manutenção do trabalho escravo e à divinização dos imperadores. Todos esses aspectos provocaram o enfraquecimento do comércio e da produção em todo o Império. Aos poucos, a população abandonaria as cidades para se abrigar no campo, onde encontraria maior proteção contra a invasão de povos inimigos, chamados “bárbaros” pelos romanos. TENTATIVAS DE REFORMAS Ao longo do Baixo Impé

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