águas em regiões entremarés, resultantes das ondas e correntes de marés, causam a ressuspensão de organismos tipicamente bentônicos na coluna de ág...
águas em regiões entremarés, resultantes das ondas e correntes de marés, causam a ressuspensão de organismos tipicamente bentônicos na coluna de água, tais como rotíferos, disponibilizando itens alimentares exógenos ao cardápio planctônico. No presente trabalho foram encontrados poucos elementos bentônicos na dieta de C. riisei, e em pequena abundância (0,51 %), pelo qual se conclui que o maior aporte alimentar do octocoral provém do plâncton. Dessa forma, octocoral C. riisei incorpora energia proveniente principalmente, mas não exclusivamente, do plâncton e transfere a mesma a níveis superiores da cadeia trófica pelágica como peixes recifais (Pérez, obs. pessoal) e da bentônica como o poliqueta Hermodice carunculata (Souza et al., 2007), além de alimentar inúmeros organismos pelágicos, planctônicos e bentônicos com seus produtos reprodutivos (ovos e larvas). Pelo resultados analisados poder-seia concluir que o octocoral C. riisei, no litoral nordeste brasileiro, é uma espécie polífaga oportunista com hábito alimentício suspensívoro passivo filtrador. Além disso, ficou em evidência o importante papel que desempenha o octocoral no ecossistema recifal que habita, já que se comporta como um elo de transferência bidirecional de energia entre o pélagos e o bentos.
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