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Texto I De todos os ônus processuais, o mais notório é o ônus da prova. Ele pode ser entendido como o interesse da parte em produzir provas ac...

Texto I De todos os ônus processuais, o mais notório é o ônus da prova. Ele pode ser entendido como o interesse da parte em produzir provas acerca de determinado fato alegado, isto é, o interesse em provar os fatos que deseja ver considerados verdadeiros pelo magistrado. Com isto, a parte estará colaborando para o acolhimento de sua própria pretensão e sua eventual omissão não prejudicará em nada seu adversário (ao contrário, irá verdadeiramente favorecê-lo). O ônus da prova pode ser encarado sob o prisma subjetivo, enquanto regra de conduta para as partes, e sob o aspecto objetivo, enquanto regra de julgamento para o magistrado. Ou seja, é a partir do ônus da prova que se define qual das partes deverá produzir a prova de determinado fato (e, consequentemente, qual delas será prejudicada pela eventual falta de provas), bem como se orienta o magistrado para decidir sobre o fato controvertido, duvidoso ou desconhecido. Sob o enfoque objetivo, pode-se ainda dizer que a atribuição do ônus da prova constitui um instrumento de exteriorização de dois valores: o de facilitar a atividade jurisdicional e o da equidade. Isso porque, como visto, o juiz é compelido a decidir, ainda que não esteja totalmente convencido. Muitas vezes, a extensão da dilação probatória poderá significar uma inútil protelação do desfecho do processo, com prejuízo à sua própria finalidade, que é assegurar a pacificação social, por meio de uma tutela justa, équa e tempestiva. Assim, se após a instrução probatória persistirem dúvidas consistentes no espírito do julgador, de modo que ele não consiga formar um juízo de probabilidade razoável, deve recorrer às regras do ônus da prova e decidir conforme a desincumbência de cada parte da tarefa que lhe competia. Como se vê, as regras sobre o ônus da prova ajudam o juiz a formar um juízo afirmativo ou negativo sobre a pretensão que lhe é submetida à análise, não obstante a incerteza quanto às circunstâncias de fato, cuja verdade não se pode comprovar. (...) Hoje, doutrina e jurisprudência

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