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A paralisia cerebral vem associada a outros problemas, que incluem epilepsia, problemas cognitivos, problemas de visão, problemas de audição, dific...

A paralisia cerebral vem associada a outros problemas, que incluem epilepsia, problemas cognitivos, problemas de visão, problemas de audição, dificuldades na alimentação, constipação intestinal. Na definição de Maciel, a “paralisia cerebral é um distúrbio do movimento e da postura em consequência de uma lesão que pode ter ocorrido no cérebro durante a gestação, na hora do parto, ou logo após o nascimento” (1998, p. 56). Em algumas ocasiões, também afeta a região do cérebro que regula as funções cognitivas e é responsável pela inteligência. A autora resume a paralisia cerebral dizendo que “é qualquer transtorno motor ocasionado por uma lesão cerebral nas fases de gestação, parto ou pós-parto. Dependendo da área afetada, pode comprometer também a linguagem e a inteligência” (1998). Com relação aos aspectos educacionais, Silva comenta que a principal dificuldade para diagnosticar uma criança com paralisia cerebral e distúrbios de aprendizagem é estabelecer parâmetros para o comportamento incomum, distingui-los das limitações de outras crianças com necessidades educacionais específicas semelhantes e definir quais as adaptações curriculares devem ser realizadas para auxiliar no desenvolvimento desse aluno e ajudá-lo a atingir todo o seu potencial. (2006) Práticas pedagógicas Práticas pedagógicas para deficiência física A seguir, vamos conhecer algumas dicas para trabalhar com alunos com deficiência física. A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida (MEC, 2006, p. 28). Os alunos com deficiência física podem apresentar as seguintes características: atraso no desenvolvimento neuropsicomotor; perda total, parcial ou alteração dos movimentos, da força muscular, ou de sensibilidade nos membros superiores ou inferiores; dificuldades ou incapacidade na realização de atividades da vida diária, como comer, pular, sentar, pegar, arremessar, etc. Alguns alunos com deficiência física podem apresentar dificuldades na comunicação oral ou escrita. É relevante que o professor busque conhecer o aluno e diferenciar lesões neurológicas não evolutivas (como a paralisia cerebral ou traumas medulares) de outros quadros progressivos, como distrofias musculares ou tumores que agridem o Sistema Nervoso. Lesões neurológicas não evolutivas São limitações do aluno que, às vezes, regridem a partir do uso de recursos e estimulações específicas. Quadros progressivos De acordo com a limitação física apresentada pelo aluno, torna-se indispensável fazer uso de recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação e participação nas situações vivenciadas no ambiente escolar, de forma que o estudante possa desenvolver sua autonomia e suas potencialidades configurando melhor qualidade de vida. (MEC/SEESP, 2006) A grande maioria das crianças com deficiência física não apresenta comprometimento cognitivo; sendo assim, a maior parte dos alunos que possuem alguma deficiência física necessita apenas de algumas modificações no ambiente físico, nos materiais e equipamentos utilizados para a atividade escolar. Crianças que não apresentam deficiência intelectual podem aprender através dos mesmos métodos empregados com crianças sem deficiência. Portanto, métodos especiais de ensino geralmente são utilizados apenas com alunos portadores de deficiências físicas que envolvam dificuldades de aprendizagem ocasionadas de lesões neurológicas. Na maioria dos casos, alunos com deficiência física não precisam de mudanças radicais no currículo. No entanto, muitas vezes é preciso realizar algumas adaptações nos planos de ensino, principalmente quando se trata de uma deficiência perene que pode influenciar no desenvolvimento das capacidades e, futuramente, na escolha vocacional. Problemas como a falta de experiências partilhadas, infrequência nas aulas e a morosidade na produção e realização das atividades podem requerer o acréscimo do tempo demandado para completar as atividades previstas. Para atender a certas necessidades dos alunos é preciso um currículo flexível. (MEC/SEESP, 2006) É importante ressaltar que a habilidade e a flexibilidade dos professores e administradores educacionais podem resultar em soluções satisfatórias para a maioria das dificuldades escolares desses alunos. Algumas alterações na escola podem ser necessárias, tais como: Dizem respeito ao aumento sistemático e maior comprometimento das funções corporais, sendo que ambos se encontram associados aos demais problemas de saúde. - adaptações nos recursos e instalações físicas da escola (rampas, corrimões, modificação de mobiliário, portas largas, etc.); - alterações da sala de aula e das ferramentas e instrumentos utilizados em aula (adaptação do mobiliário, dos espaços, dos instrumentos escolares como lápis, tesoura, recursos de informática, etc.). “Para que o educando com deficiência física possa acessar o conhecimento escolar e interagir com o ambiente frequentado por ele, faz-se necessário criar as condições adequadas à sua locomoção, comunicação, conforto e segurança” (BERSCH, 2007, p. 27). A finalidade da educação é a mesma, em princípio, tanto para alunos com ou sem deficiência. Pode, entretanto, ser necessária a preparação específica de planos de ensino para alguns alunos, devido à sua condição física, caso essa situação venha a limitar de alguma forma a sua capacidade de desenvolver as atividades. (MEC/SEESP, 2006) O professor deve manter-se atento, observando o processo de ensino e aprendizagem para identificar as necessidades peculiares do aluno com deficiência física. Nenhum caso é igual. O professor pode buscar, analisar e adaptar os objetos educacionais, conteúdos a serem estudados e trabalhados com o aluno, visando estimular e favorecer a sua participação no debate de ideias e no processo de opinar, proporcionando-lhe espaços que oportunizem a interação na escola, estímulo à criatividade, liderança e demais habilidades. As atividades de leitura devem ser estimuladas, com respeito às adequações necessárias, de modo a proporcionar uma atividade de prazer, estímulo do pensamento e da criatividade, já que a leitura é via de acesso a ilimitadas experiências pessoais para o aluno que possui dificuldades motoras ou de comunicação oral. O professor deve identificar as crianças com deficiência física que apresentam dificuldades de comunicação oral funcional e procurar métodos de comunicação alternativa, para que o aluno consiga interagir com os demais colegas. Nesse caso, cita-se como exemplo a comunicação escrita, o uso de quadros de conversação, pranchas e cartões de comunicação, dentre outras. Os alunos que necessitam de cuidados na alimentação, na locomoção e no uso de aparelhos ou equipamentos médicos, com sérios comprometimentos motores, requerem a presença de um monitor no período em que estão frequentando a classe regular. Em atividades em que a criança ou aluno apresente dificuldades ou limitações motoras, como no caso de atividades de recorte, desenho, colagem, ou que necessitem de coordenação motora fina, é importante, sempre que possível, transformar a atividade que era individual em uma atividade coletiva, a fim de que todos os alunos trabalhem juntos, ou, ainda, disponibilizar um colega ou “ajudante” para auxiliar a criança nessas atividades. É importante conhecer o aluno, quais são suas dificuldades, disponibilizar recursos de Tecnologia Assistiva existentes na escola ou buscar descobrir quais tecnologias e materiais podem ser adaptados para melhorar e promover a autonomia do aluno nas atividades escolares. É possível usar diferentes jogos relacionados com o conteúdo a ser aprendido. Os jogos podem ser adaptados ou construídos com diferentes materiais, de modo a estimular a participação e melhorar a aprendizagem do aluno com deficiência física. Bons exemplos são os jogos com cores ou que estimulem e desenvolvam a leitura e escrita. Esses jogos podem ser confeccionados com diferentes materiais de fácil manipulação como EVA, figuras impressas, papelão, etc. No caso de alunos que possuam dificuldades de escrita, ou demandem maior tempo para a realização dessa atividade, mesmo com as adaptações dos instrumentos utilizados, torna-se necessário pensar em formas alternativas de escrita, como

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ATENDIMENTO ESPECIALIZADO 01
114 pág.

Terapia Ocupacional Faculdade AnhangueraFaculdade Anhanguera

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