John Maynard Keynes contrapõe as ideias liberais negando que as forças de mercado agindo livremente são capazes de levar a economia ao equilíbrio. ...

Vamos analisar cada afirmação: I. Na visão keynesiana a força principal de um mercado é a oferta, uma vez que esta é detentora do investimento, portanto da capacidade de gerar e multiplicar renda no mercado. - Essa afirmação está incorreta. Na visão keynesiana, a força principal de um mercado é a demanda, não a oferta. Keynes acreditava que a demanda efetiva era essencial para impulsionar a economia. II. Para Keynes, os liberais ao defenderem a Lei de Say, não levaram em consideração a capacidade dos agentes econômicos de reter essa renda em aplicações especulativas, por exemplo. - Essa afirmação está correta. Keynes criticava a Lei de Say justamente por não levar em consideração a possibilidade de os agentes econômicos reterem a renda em vez de gastá-la, o que poderia levar a problemas de demanda efetiva. III. A visão de mercado a partir da Lei implica que não há motivos para que a moeda não volte para o sistema, justificando a força da demanda no processo. - Essa afirmação está incorreta. A Lei de Say afirma que toda oferta cria sua própria demanda, mas Keynes contestava essa ideia, argumentando que a economia poderia ficar em equilíbrio com desemprego involuntário devido a falhas no mercado. IV. “No longo prazo todos estaremos mortos” indica que determinados problemas, mesmo que se espere o mercado autorregular, isso demandaria muito tempo ou não chegaria a este resultado, pois o mercado é muito diferente do que preconizou Smith ou Say. - Essa afirmação está correta. A frase "No longo prazo todos estaremos mortos" é uma expressão de Keynes que reflete sua crítica à ideia de que o mercado se autorregularia no longo prazo, enfatizando a importância de intervenções para lidar com problemas econômicos imediatos. Portanto, as afirmações corretas são a II e IV.