A partilha é uma das últimas etapas de um processo de inventário, em que os herdeiros dividem entre si o patrimônio deixado pelo de cujus (falecido...

A partilha é uma das últimas etapas de um processo de inventário, em que os herdeiros dividem entre si o patrimônio deixado pelo de cujus (falecido). No momento da partilha, o inventário já terá passado por fases de enumeração dos bens, nomeação do inventariante, avaliação e pagamento do Imposto de Transmissão Causa Mortis (ITCD), apresentação de documentos (dos bens e herdeiros) e eventual habilitação de credores e cessionários. Por fim, apresentada a partilha e solicitados os quinhões pelos herdeiros e legatários, a divisão dos bens será homologada (judicialmente ou concluída em cartório/extrajudicialmente). Você é advogado de Paulo e Renato, herdeiros do inventário de Maria, falecida em abril de 2020 em virtude da pandemia do coronavírus, na cidade de São Paulo (SP). Em maio de 2020, os herdeiros ingressaram com o pedido judicial de abertura de inventário, que transcorreu normalmente: foi apresentado o rol de bens e dívidas deixados pela falecida, nomeado o inventariante e pago o ITCD, com apresentação final do auto de orçamento da partilha, homologado pelo juiz competente pela Vara de Família e Sucessões e com trânsito em julgado. No entanto, Paulo e Renato, à época do falecimento de Maria, não mantinham contato próximo. Diante disso, em janeiro de 2021, após a finalização completa de inventário, descobriram que Maria havia deixado um imóvel na cidade de Americana (SP) que não havia sido arrolado no rol de bens do inventário e, consequentemente, não constava da partilha homologada. Sendo assim, responda: como Paulo e Renato deverão proceder para incluir o referido imóvel, corrigindo a partilha já homologada judicialmente?