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Efeitos da divisão sexual do trabalho: a desigualdade salarial. A desigualdade salarial é uma das mais persistentes formas de discriminação de gêne...

Efeitos da divisão sexual do trabalho: a desigualdade salarial. A desigualdade salarial é uma das mais persistentes formas de discriminação de gênero no mercado de trabalho. De acordo com Santos, as mulheres são, sistematicamente, vítimas de discriminação salarial, sendo-lhes, na prática, negada a fruição do princípio do salário igual para trabalho igual previsto nos ordenamentos jurídicos da maioria dos países. No Brasil, as diferenças salariais entre homens e mulheres continuam grandes. Conforme dados do DIEESE/Seade, MTE/FAT e PED de 2010, em Belo Horizonte, os assalariados negros ganhavam, em média, R$1.243,00, os assalariados não negros R$1.812,00, as assalariadas negras R$966,00 e as assalariadas não negras R$1.428,00; no Distrito Federal, os assalariados negros ganhavam, em média, R$1.961,00, os assalariados não negros R$3.151,00, as assalariadas negras R$1.731,00 e as assalariadas não negras R$2.626,00; em Porto Alegre, os assalariados negros ganhavam, em média, R$847,00, os assalariados não negros R$1.218,00, as assalariadas negras R$847,00 e as assalariadas não negras R$1.218,00; em Fortaleza, os assalariados negros ganhavam, em média, R$899,00, os assalariados não negros R$1.209,00, as assalariadas negras R$794,00 e as assalariadas não negras R$1.041,00; em Recife, os assalariados negros ganhavam, em média, R$908,00, os assalariados não negros R$1.269,00, as assalariadas negras R$818,00 e as assalariadas não negras R$1.088,00; em Salvador, os assalariados negros ganhavam, em média, R$1.129,00, os assalariados não negros R$1.980,00, as assalariadas negras R$994,00 e as assalariadas não negras R$1.417,00 e, em São Paulo, os assalariados negros ganhavam, em média, R$1.164,00, os assalariados não negros R$1.824,00, as assalariadas negras R$942,00 e as assalariadas não negras R$1.417,00. Para ter um salário maior, as mulheres têm que ter uma quantidade de anos de estudo maior que a dos homens que recebem uma mesma faixa salarial que elas. Assim, dos homens ocupados que têm instrução menor que um ano, 68,7% recebem até um salário mínimo, ao passo que essa porcentagem, no caso das mulheres, é de 87,9%, sendo que 0,9% dos homens e 0,3% das mulheres com instrução menor que um ano recebem mais que cinco salários mínimos. Com o aumento do número de anos de estudo, essas diferenças ficam ainda maiores: entre os ocupados com 1 a 3 anos de estudo, 57,1% dos homens e 82,0% das mulheres recebem até um salário mínimo. A porcentagem de ocupados que recebem mais de cinco salários mínimos, na faixa de estudos de um a três anos, também aumenta mais para os homens que as mulheres, chegando a 1,7% para os homens e 0,2% para as mulheres. Essa progressão continua com o aumento: na faixa de estudos de 4 a 7 anos, 41,4% dos homens e 70,1% das mulheres recebem menos de um salário mínimo e 2,7% dos homens e 0,4% das mulheres recebem mais de 5 salários mínimos; na faixa de estudos de 8 a 10 anos, 32% dos homens e 57,8% das mulheres recebem menos de um salário mínimo.

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Tese_Integral_CandyFlorencioThome
344 pág.

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A desigualdade salarial é uma das formas mais persistentes de discriminação de gênero no mercado de trabalho. Segundo Santos, as mulheres são sistematicamente vítimas de discriminação salarial, sendo negada a elas a fruição do princípio do salário igual para trabalho igual previsto nos ordenamentos jurídicos da maioria dos países. No Brasil, as diferenças salariais entre homens e mulheres continuam significativas, com dados que mostram disparidades salariais em diversas regiões do país. Além disso, para as mulheres terem um salário maior, muitas vezes é necessário ter uma quantidade de anos de estudo maior do que a dos homens que recebem uma mesma faixa salarial.

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