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acetilsalicílico são dotados de atividade analgésica. Assim, administração concomitante desses fármacos resulta na somação de seus efeitos analgési...

acetilsalicílico são dotados de atividade analgésica. Assim, administração concomitante desses fármacos resulta na somação de seus efeitos analgésicos. Entretanto, a ação da codeína se faz no sistema nervoso central, enquanto a do ácido acetilsalicílico é predominantemente periférica. Potencialização É o termo reservado para casos em que, na associação de dois ou mais fármacos, o efeito final é maior do que a soma algébrica dos efeitos desses agentes. A ingestão de bebida alcoólica durante a vigência da ação de um barbitúrico ou de um ansiolítico pode causar depressão do sistema nervoso central maior do que a esperada. Antagonismo É o fenômeno oposto ao de potencialização. O antagonismo se verifica entre os fármacos de ações contrárias ou, às vezes, competitivas ante a determinado receptor farmacológico. Neste último caso, a competição se faz entre agonista e antagonista, onde ambos possuem afinidade pelo mesmo receptor, porém o antagonista não tem a capacidade de desencadear eventos biológicos, reduzindo consequentemente a ação do agonista. Como exemplos de fármacos de ações opostas, têm-se os barbitúricos e os ansiolíticos, que reduzem os efeitos estimulantes centrais dos derivados anfetamínicos. Polifarmácia Antigamente, quando ainda os métodos auxiliares de diagnóstico de doenças eram precários, era muito comum a prescrição de vários medicamentos a um paciente. Essa prática foi conhecida como polifarmácia, ou pejorativamente como terapêutica do “tiro de espingarda”. O objetivo era, quase sempre, utilizar vários medicamentos na tentativa de acertar o alvo, à semelhança de chumbos de espingarda que se espalham no espaço. É evidente que há muitos casos em que é necessário o uso de vários agentes medicamentosos. Os pacientes portadores de moléstias cardiovasculares recebem medicamentos do tipo anti-hipertensivo, diuréticos, anticoagulantes, digitálicos cardiotônicos, conforme as necessidades de cada paciente. A indicação dessas associações, em doses individuais e exatas, recebe o nome de prescrição magistral ou prescrição personalizada. É sempre prudente lembrar que, no mercado, há numerosos medicamentos que contêm, além do fármaco principal, outros que pela característica de sua formulação são inseparáveis, como é o caso de antigripal que, via de regra, contém analgésico-antitérmico, anti-histamínico, antiadrenérgico, vitamina C etc. Na formulação destes medicamentos, exige-se todo o cuidado para evitar a incompatibilidade que afeta a estabilidade química dos componentes, bem como possíveis interações entre seus componentes. TIPOS DE INTERAÇÕES Na associação de medicamentos, cada componente pode agir independentemente sem nenhuma interferência na ação de outros componentes. Na maioria das vezes, conhecendo-se os mecanismos de ação dos fármacos, é possível avaliar os efeitos da associação. Porém, há casos em que os efeitos da interação são imprevisíveis, visto que as respostas aos medicamentos podem variar de pessoa para pessoa, conforme a sensibilidade a determinadas substâncias, estado patológico e hábito alimentar, assim como hábito de beber e fumar, de cada indivíduo. As interações são classificadas, didaticamente, segundo três critérios (OGA, 2003b): da intensidade dos efeitos, do tempo de latência e dos mecanismos de ação. Intensidade dos Efeitos As interações podem ser leves, moderadas e graves, conforme a intensidade de seus efeitos. As interações leves têm pouca importância, pois os efeitos resultantes, muitas vezes, são imperceptíveis. Como exemplo, têm-se a associação de captopril com antiácido, onde o antiácido reduz a absorção do captopril, portanto, reduzindo sua eficácia anti-hipertensiva. Mas essa redução é pequena e sem significância clínica. Outros exemplos são diuréticos tiazídicos e anticolinérgicos. As interações moderadas são aquelas em que, por ações recíprocas dos fármacos, fazem aparecer efeitos nocivos. São exemplos o atenolol com anticolinérgicos e o captopril com indometacina. Na primeira associação, os anticolinérgicos, tipo escopolamina e atropina, tendem a aumentar a biodisponibilidade do atenolol, consequentemente seu efeito anti-hipertensivo. Na segunda associação, o efeito hipotensivo do captopril é reduzido pela indometacina, que inibe a síntese de prostaglandinas. Nesse tipo de interação, o efeito é controlável através da redução ou aumento de doses dos componentes ou distanciando os intervalos de suas administrações. As interações graves são aquelas em que os efeitos resultantes são letais ou de tal intensidade que chegam a produzir danos irreversíveis ao paciente (Tabela 7.1). Portanto, as associações que produzem interações graves devem ser sempre evitadas. Ocorrem interações graves entre anorexígenos (dietilpropiona, fenfluramina, fentermina) e inibidores da monoaminooxidase (pargilina, fenelzina, tranilcipromina). Associação desses componentes pode ocasionar potencialização do efeito anorexígeno e crise hipertensiva seguida de hemorragia cerebral. O efeito anticoagulante de varfarina e dicumarol é aumentado em uso concomitante de inibidores enzimáticos do tipo danazol, metiltestosterona, amiodarona e eritromicina. A inibição, particularmente do citocromo P-450, reduz a velocidade de biotransformação dos anticoagulantes e, consequentemente, dificulta a coagulação do sangue. A toxicidade da digoxina é aumentada pelo verapamil; da mesma forma, a da carbamazepina pela eritromicina (OGA, 2003a). Outras associações que produzem interações perigosas são as de certos anti-histamínicos (terfenadina, astemizol) com antifúngicos que contêm cetoconazol e itraconazol ou antibiótico como eritromicina. Os resultados dessas interações são graves, podendo ocasionar, entre outros efeitos, taquicardia, arritmia e parada cardíaca. Tempo de Latência Conforme a velocidade de aparecimento dos efeitos, as interações podem ser classificadas em rápidas e lentas. As interações rápidas são aquelas em que os efeitos são imediatos ou aparecem no período de 24 horas, após a administração de fármacos. Tais interações requerem ações imediatas para evitar seus efeitos nocivos. As interações lentas produzem efeitos tardios, geralmente dias ou semanas após administração de medicamentos, portanto, tratamentos imediatos para sua prevenção são, de regra, ineficazes. Mecanismos de Ação Conforme os mecanismos envolvidos, as interações podem ser físico-químicas, farmacocinéticas e farmacodinâmicas. INTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS São geralmente interações que ocorrem no trato digestivo entre um fármaco e outro fármaco ou entre um fármaco e nutrientes. O mecanismo de interação pode ser puramente físico, como, por exemplo, adição das moléculas de alcalóides na superfície das partículas de carvão ativado, ou químico, em que as moléculas de fármacos reagem com outras dando origem a produtos diferentes. A interação química é às vezes utilizada para inativar agentes tóxicos antes de sua absorção. O permanganato de potássio é um potente oxidante e pode inativar muitas moléculas por reação de oxidação, razão pela qual a solução de permanganato de potássio era tida como antídoto nas intoxicações por substâncias do tipo alcalóide. As interações físico-químicas são observadas também entre fármacos e metais como ferro, cálcio, manganês, zinco, cobre etc. Esses minerais têm a propriedade de formar complexo com fármacos por quelação, impedindo sua absorção ao longo do trato gastrintestinal. Entre os fármacos quelantes mais conhecidos estão as tetraciclinas e o ácido salicílico. INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS São interações em que um dos fármacos modifica a cinética de outro administrado concomitantemente. Entende-se por cinética de fármacos os processos

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2008 - Farmacia Clinica e Atencao Farmaceutica
527 pág.

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