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Um paciente com 68 anos, aposentado da fábrica de tintas, comparece à consulta de rotina com histórico de disúria, acompanhada de hematúria há 3 meses, além de antecedente pessoal de tabagismo desde os 20 anos de idade e 2 episódios de cistite tratados no último semestre. Ao exame físico, verificam-se: bom estado geral, abdome flácido, indolor; ausência de linfadenomegalias inguinais; e, ao toque retal: próstata sem nódulos, grau II, indolor. Diante desse caso, a hipótese diagnóstica mais provável e o(s) exame(s) diagnóstico(s) a ser(em) solicitado(s) são, respectivamente,
A nefrolitíase; ressonância magnética com contraste.
B tumor de bexiga; cistoscopia ambulatorial com biópsia.
C adenocarcinoma prostático; ultrassonografia transretal.
D cistite hemorrágica; ultrassonografia e urografia excretora.
A nefrolitíase; ressonância magnética com contraste.
B tumor de bexiga; cistoscopia ambulatorial com biópsia.
C adenocarcinoma prostático; ultrassonografia transretal.
D cistite hemorrágica; ultrassonografia e urografia excretora.
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Exercícios Para o Conhecimento

ano passado

Respostas

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há 4 meses

Vamos analisar cada alternativa com base nas informações do caso clínico: 1. A nefrolitíase; ressonância magnética com contraste. - A nefrolitíase pode causar hematúria, mas a disúria e o histórico de tabagismo e cistite não são os principais indicativos. A ressonância magnética não é o exame de escolha para nefrolitíase. 2. B tumor de bexiga; cistoscopia ambulatorial com biópsia. - O paciente apresenta disúria e hematúria, além de ser um fumante, o que aumenta o risco de câncer de bexiga. A cistoscopia com biópsia é o exame padrão para diagnóstico de tumor de bexiga. Esta alternativa parece correta. 3. C adenocarcinoma prostático; ultrassonografia transretal. - Embora o adenocarcinoma prostático seja uma possibilidade em um paciente dessa idade, a apresentação clínica (disúria e hematúria) e a ausência de nódulos na próstata tornam essa hipótese menos provável. A ultrassonografia transretal é mais utilizada para avaliação da próstata, mas não é a principal hipótese aqui. 4. D cistite hemorrágica; ultrassonografia e urografia excretora. - A cistite hemorrágica pode causar hematúria, mas a disúria e o histórico de tabagismo e cistite não são os principais indicativos. Além disso, a ultrassonografia e a urografia excretora não são os exames mais indicados para confirmar cistite hemorrágica. Após essa análise, a alternativa que contém a hipótese diagnóstica mais provável e o exame diagnóstico adequado é: B tumor de bexiga; cistoscopia ambulatorial com biópsia.

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ano passado

O paciente apresenta sintomas de disúria e hematúria, além de antecedentes de tabagismo e cistite. Ao exame físico, a próstata apresenta-se sem nódulos e grau II. Com base nesses dados, podemos descartar as alternativas A e D, que não são compatíveis com o quadro clínico apresentado. A alternativa C também não é a mais provável, já que a próstata não apresenta nódulos e o paciente não apresenta outros sintomas que sugiram um adenocarcinoma prostático. A alternativa B é a mais provável, já que o paciente apresenta sintomas de hematúria e antecedentes de tabagismo, que são fatores de risco para o câncer de bexiga. Além disso, o exame físico não apresenta alterações na próstata que sugiram um adenocarcinoma. O exame diagnóstico mais adequado para confirmar o diagnóstico é a cistoscopia ambulatorial com biópsia. Portanto, a alternativa correta que contém todos os itens verdadeiros é: B tumor de bexiga; cistoscopia ambulatorial com biópsia.

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Jhonatan Ledyanne

há 2 meses

Diante de um quadro de hematúria, especialmente a hematúria macroscópica, sempre devemos considerar os tumores uroteliais como diagnóstico diferencial e, nesses casos, se destaca o tumor de bexiga. A combinação de fatores, habitualmente relacionadas a essas neoplasias, inclui:

- Hematúria macroscópica; 

- Sexo masculino; 

- Idade acima de 65 anos; 

- História de tabagismo ou tabagismo ativo; 

- Exposição a corantes industrializados (a base de benzeno ou aminas aromáticas); 

- Sintomas urinários irritativos (disúria, polaciúria, etc.). 

O paciente, simplesmente, gabaritou todos os elementos clínicos e fatores de riscos relacionados ao câncer de bexiga. Ou seja, existe uma grande chance de estarmos diante de uma neoplasia urotelial. 


Nesse contexto, é recomendada para investigação diagnóstica uma cistoscopia com biópsia e exame de imagem contrastado das vias urinárias (urotomografia ou uroressonância).

  

A cistoscopia com biópsia é considerada padrão-ouro para o diagnóstico e estadiamento inicial dos cânceres de bexiga. Esse exame é feito em regime ambulatorial e está formalmente indicado para adultos de qualquer idade, que apresentem hematúria macroscópica sem etiologia definida, ou, então, para pacientes com idade acima de 35 anos com hematúria microscópica.


Em contrapartida, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética também são dois métodos capazes de diagnosticar o câncer de bexiga. Entretanto, esses exames apresentam uma sensibilidade diagnóstica inferior à cistoscopia, especialmente nos casos de lesões pequenas.


Sendo assim, a principal utilidade dos exames de imagem não é o diagnóstico do tumor primário, mas avaliar a extensão da doença, auxiliando no estadiamento. Além disso, a tomografia computadorizada com fase excretora auxilia no diagnóstico de outras neoplasias uroteliais como câncer de ureter ou da pelve renal.


Dito isso, vamos avaliar separadamente cada uma das alternativas.


A

5%

nefrolitíase; ressonância magnética com contraste.

Incorreta alternativa “a": A nefrolitíase pode causar disúria e hematúria, mas geralmente está associada a dor lombar intensa, em cólica, e a história clínica não menciona esses sintomas. Além disso, a ressonância magnética com contraste não é o exame de primeira linha para diagnóstico de nefrolitíase; imagens como ultrassonografia renal ou tomografia computadorizada sem contraste são preferidas para avaliar a presença de cálculos renais devido à sua alta sensibilidade e especificidade.


B

79%

tumor de bexiga; cistoscopia ambulatorial com biópsia.

Correta alternativa “b”: Como vimos, o tumor de bexiga é uma possibilidade diagnóstica forte neste caso, considerando os fatores de risco do paciente (exposição a carcinógenos no ambiente de trabalho e tabagismo) e os sintomas apresentados (disúria e hematúria persistente). Nesse contexto, a cistoscopia com biópsia apresenta-se como padrão-ouro para o diagnóstico de tumores de bexiga, permitindo a visualização direta do interior da bexiga e a obtenção de amostras de tecido para análise histológica.


C

8%

adenocarcinoma prostático; ultrassonografia transretal.

Incorreta alternativa “c": Apesar de incomum, o adenocarcinoma de próstata pode apresentar-se através de hematúria. Entretanto, havendo suspeita de câncer de próstata a dosagem do antígeno específico da próstata (PSA) e a biópsia guiada por ultrassonografia (caso haja alteração no PSA ou toque retal) são as abordagens diagnósticas chave. Além disso, o fato de o exame físico não revelar nódulos prostáticos diminui a probabilidade dessa hipótese.


D

7%

cistite hemorrágica; ultrassonografia e urografia excretora. 

Incorreta alternativa “d": A cistite hemorrágica pode causar disúria e hematúria, mas é menos provável neste contexto de sintomas crônicos e fatores de risco para malignidade. Além disso, a ultrassonografia e a urografia são pouco úteis na avaliação da cistite e não estão indicadas neste contexto. 



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Durante a propedêutica laboratorial, são resultados compatíveis com a hipótese diagnóstica apresentada

A níveis séricos reduzidos de anticorpos contra o receptor de TSH (TRAb) e de anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO).
B aumento do tamanho e da ecogenicidade do parênquima da tireoide e presença de nódulos císticos difusos à ultrassonografia.
C elevação dos níveis séricos do hormônio tireoestimulante (TSH) e supressão dos níveis da fração livre de tiroxina (T4 livre) e da tri-iodotironina (T3).
D teste de iodo radioativo mostrando elevada captação pela tireoide e cintilografia mostrando distribuição difusa de radiomarcador no parênquima da glândula.

Diante desse quadro, quais são, respectivamente, o diagnóstico e a conduta adequada?

A Tumor de testículo; orquiectomia.
B Hidrocele; eversão túnica vaginalis.
C Hérnia inguinescrotal; herniorrafia inguinal.
D Orquiepididimite; exploração de bolsa escrotal.

Diante desse quadro clínico, qual é a principal suspeita diagnóstica?

A Miastenia Gravis.
B Síndrome de Guillain-Barré.
C Acidente Vascular Cerebral.
D Esclerose Lateral Amiotrófica.

Nesse caso, além do controle glicêmico, qual é o tratamento adequado?

A Simpatectomia lombar.
B Enxerto de pele autólogo.
C Terapia compressiva inelástica.
D Curativo e adaptação de calçado.

Com base nas informações desse quadro clínico, o diagnóstico para as lesões apresentadas é
A miliária rubra.
B eritema tóxico.
C melanose pustulosa.
D candidíase neonatal.

Considerando a suspeita diagnóstica e a provável fase da doença em que o paciente se encontra, devem ser solicitados, inicialmente, quais exames complementares?
A Endoscopia digestiva alta; reação intradérmica; e pesquisa de ovos do parasita nas fezes.
B Ultrassonografia abdominal; endoscopia digestiva alta; e pesquisa de ovos do parasita nas fezes.
C Ressonância magnética abdominal; biópsia retal; e sorologia por reação de imunofluorescência indireta (IFI).
D Radiografia de tórax; sorologia por ensaio imunoenzimático (Elisa); e PCR no sangue para a detecção do DNA do parasita.

Diante do quadro clínico e laboratorial descrito, qual é a hipótese diagnóstica mais provável?
A Dengue.
B Malária.
C Hepatite A.
D Leptospirose.

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