Para analisar a questão, precisamos considerar os requisitos para a decretação da prisão preventiva, conforme o Código de Processo Penal e a jurisprudência. A alternativa apresentada diz que a prisão é inadequada porque "não poderia ter sido decretada de ofício e pela ausência de contemporaneidade". Vamos avaliar: 1. Decretação de ofício: A prisão preventiva pode ser decretada de ofício pelo juiz, mas isso deve ser fundamentado em elementos que demonstrem a necessidade da medida, como a garantia da ordem pública ou a conveniência da instrução criminal. 2. Contemporaneidade: A ausência de contemporaneidade se refere à necessidade de que os fatos que justificam a prisão sejam recentes. Se a conduta delitiva ocorreu em 2017 e a prisão foi decretada em 2021, pode-se argumentar que não há contemporaneidade, o que enfraquece a justificativa para a prisão preventiva. Diante disso, a defesa de Valentim pode sim argumentar que a prisão é inadequada pela falta de contemporaneidade e pela decretação de ofício, que não se justifica apenas pela reincidência. Portanto, a alternativa correta é: A) não poderia ter sido decretada de ofício e pela ausência de contemporaneidade, apesar de a pena máxima, por si só, não impedir o decreto prisional na situação diante da reincidência.