Vamos analisar cada situação à luz da teoria da equivalência dos antecedentes causais e do que diz o Código Penal brasileiro: I – Caio, ferido por Mário, vem a falecer no hospital num incêndio ali ocorrido. Aqui, a morte de Caio não é diretamente causada por Mário, mas sim pelo incêndio. Portanto, Mário não responde criminalmente pela morte de Caio. II – O motorista do ônibus colide com um poste, e um fio elétrico cai e mata um passageiro. A morte do passageiro é uma consequência indireta do ato do motorista, mas ele pode ser responsabilizado, pois sua ação (a colisão) desencadeou a sequência de eventos que levou à morte. III – José, ferido por Raimundo, vem a falecer no hospital por complicações da cirurgia. A morte de José é uma consequência direta do ferimento causado por Raimundo, então ele pode ser responsabilizado. IV – Hércules fere mortalmente Ulisses, mas Ulisses morre afogado antes de morrer do ferimento. Nesse caso, a morte de Ulisses não é diretamente causada pelo ferimento de Hércules, mas sim pelo afogamento. Portanto, Hércules não responde criminalmente pela morte de Ulisses. Agora, vamos às alternativas: A. Mário responde criminalmente pela morte de Caio. (FALSO) B. O motorista do ônibus responde criminalmente pela morte do passageiro que sofreu a descarga elétrica. (VERDADEIRO) C. Raimundo responde criminalmente pela morte de José. (VERDADEIRO) D. Hércules responde criminalmente pela morte de Ulisses. (FALSO) A alternativa correta que contém todos os itens verdadeiros é: B e C. No entanto, como não há uma opção que combine essas duas, a alternativa que é correta e mais direta é a B.