Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando a noção de linguagem e a perspectiva sobre os surdos mencionada por Sacks (2010): (A) Cardano, para quem a palavra falada e a palavra escrita tinham o mesmo valor. - Essa afirmação não se relaciona diretamente com a subjugação dos surdos. (B) Montaigne, para quem os alfabetos manuais e os gestos não eram naturais. - Essa opção sugere uma visão negativa sobre a comunicação não verbal, mas não é a mais relevante. (C) Platão, que, na obra O Crátilo, afirma que a comunicação entre os seres humanos só ocorre por meio da voz. - Esta opção se alinha com a ideia de que a linguagem falada é superior e pode reforçar a subjugação dos surdos. (D) Santo Agostinho, que pensava ser a palavra escrita uma cópia dos sons. - Embora essa afirmação seja verdadeira, não aborda diretamente a questão dos surdos. (E) Aristóteles, que, na obra História dos Animais, defende que os surdos são incapazes de produzir linguagem. - Essa opção também se relaciona com a subjugação dos surdos, mas não é a mais direta em relação à noção de linguagem falada. A alternativa que melhor se encaixa na ideia de que a linguagem é constituída apenas por símbolos falados e que isso subjugaria os surdos é: (C) Platão, que, na obra O Crátilo, afirma que a comunicação entre os seres humanos só ocorre por meio da voz.