Os povos indígenas que habitavam a Bahia no período pré-colonial eram diversos e organizados em grupos com distintas culturas e línguas, principalmente de origem tupi. Na região litorânea e em partes do sertão, os tupinambás e tupiniquins predominavam, enquanto os tapuias, considerados inimigos pelos tupinambás, ocupavam áreas do sertão baiano. Os tupinambás tinham uma sociedade guerreira e praticavam rituais antropofágicos, que eram centrais na estrutura social e nas práticas de status. Diogo Álvares Correia, conhecido como Caramuru, é uma figura emblemática nesse contexto. Ele chegou à Bahia como um degredado português e foi capturado pelos tupinambás. Durante seu cativeiro, formou uma aliança com esse grupo, casando-se com Paraguaçu, filha do chefe tupinambá. Caramuru se tornou um importante intermediário entre os portugueses e os povos indígenas, utilizando sua influência para auxiliar os primeiros colonizadores. Ele desempenhou um papel fundamental ao apoiar a chegada de novas levas de colonizadores e facilitou o estabelecimento de uma base colonial estável.