Para analisar as alternativas, precisamos considerar a responsabilidade civil do Estado em casos de omissão e a aplicação das teorias do risco administrativo e do risco integral. A) O Estado poderia ser civilmente responsabilizado pela morte de Tânia, pois tinha o dever de evitar a fuga de Geraldo, mas não pelo óbito de Mateus, em razão de fato exclusivo da vítima, tendo em conta a adoção da teoria do risco administrativo. - Essa alternativa sugere que o Estado tem responsabilidade pela morte de Tânia, mas não pela de Mateus, o que pode não estar correto dependendo das circunstâncias. B) Ambas as mortes acima descritas seriam passíveis de configurar a responsabilização civil do Estado, nos termos da Constituição, que adota expressamente a teoria do risco integral, nas situações relacionadas à segurança pública. - Essa alternativa é forte, pois a teoria do risco integral implica que o Estado pode ser responsabilizado independentemente de culpa. C) Nenhum dos óbitos narrados pode caracterizar a responsabilização civil do Estado, na medida em que nas hipóteses de omissão do Estado deve ficar caracterizado o elemento culpa, imprescindível no âmbito da teoria do risco administrativo. - Essa alternativa é mais restritiva e não considera a possibilidade de responsabilidade sob a teoria do risco integral. D) O Estado poderia ser civilmente responsabilizado pela morte de Mateus, pois tinha o dever de proteger a incolumidade física de pessoa sob sua custódia, mas não pelo óbito de Tânia, na medida em que não há nexo de causalidade entre a fuga de Geraldo e o evento danoso. - Essa alternativa também apresenta uma análise que pode ser válida, mas depende do contexto específico. Após analisar as alternativas, a que melhor se alinha com a teoria do risco integral e a responsabilidade civil do Estado em casos de segurança pública é a B). Portanto, a resposta correta é: B) Ambas as mortes acima descritas seriam passíveis de configurar a responsabilização civil do Estado, nos termos da Constituição, que adota expressamente a teoria do risco integral, nas situações relacionadas à segurança pública.