Analisando o exposto, pode-se inferir que: Ao analisar a linguagem como um sistema construído e retificado, os estudos da linguagem não podem dar conta do modo como a língua realmente funciona. A separação da linguagem do seu conteúdo vivencial tende a se aproximar, basicamente, na enunciação isolada, fechada e monológica. Inspirada nas ideias do estruturalismo lingui´stico que defendiam uma anterioridade da “li´ngua” em relac¸a~o a` “fala”, a psicanálise argumenta em favor de uma anterioridade da linguagem frente aos feno^menos concretos. Não há psicanálise sem linguagem. No seu nível mais superficial, a clínica psicanalítica não pode prescindir da linguagem. Em um nível menos superficial, à luz de Freud e Lacan, todas as formações do inconsciente, por meio das quais ele aparece, dependem da linguagem para seus surgimentos. É uma ilusão acreditar no significante como uma representação do significado, visto que nenhuma significação pode ser mantida, a não ser por outra referência a outro significado. É na cadeia da fala que o significado insiste, sem que nenhum de seus elementos consista na significação da qual ele é capaz em um dado momento. Em nenhum momento, e contrariamente à aparência, a língua existe fora do fato social, visto ser um fenômeno semiológico. Está correto apenas o que se afirma em