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O patrimônio dos sócios pode ser "atacado" para fim de quitação das dívidas da empresa?

Para despersonalização (extinção) da pessoa jurídica, o primeiro passo deve ser a quitação dos débitos da empresa. Dessa maneira, no caso do patrimônio da empresa ser insuficiente para a quitação das débitos, poderá então o patrimônio pessoal dos sócios ser "atacado" a finalidade de pagamento dos credores?

Direito Civil I

ESTÁCIO


35 resposta(s)

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Paulo Oliveira

Há mais de um mês

Depende. Existe a desconsideração da Personalidade Jurídica atacando os bens dos sócios. Em caso de abuso da personalidade jurídica caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir a requerimento da parte ou do ministério público, quando lhe couber, intervir no processo que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando em detrimento do consumidor houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.

A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações. As sociedades coligadas só responderam por culpa e por ultimo também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. Também poderá ser considerada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados a qualidade do meio ambiente.

Temos duas teorias: a teoria maior – pressuposto é o abuso de direito ou fraude, temos a dificuldade de provas, um dos meios para gerar esta prova seria provando a confusão patrimonial, sendo a mais aceita pela doutrina e a que é mais aplicada. A teoria menor é satisfação do crédito teoria menor é mais tranqüila para o juiz decretar a desconsideração, pois não são exigidos os requisitos mencionados na teoria maior. Basta a demonstração do prejuízo do lesado para que a autonomia patrimonial da empresa seja afastada. Como se percebe, basta o prejuízo causado ao consumidor e esse demonstre que houve dano, para que, na impossibilidade de ressarcimento dos prejuízos causados pela pessoa jurídica, os sócios ou administradores respondem pela obrigação. Desconsideração inversa – desfaz a sociedade para pagar as dividas pessoais dos sócios. Na desconsideração inversa, como o próprio nome sugere, opera-se o afastamento da separação patrimonial para penetrar no âmago da sociedade e dela cobrar dívida contraída pessoalmente pelo sócio. A possibilidade ocorre quando o sócio esvazia seu patrimônio pessoal, colocando-o todo em nome de uma sociedade que detenha o controle. Dessa forma, os credores pessoais não poderiam penhorar tais bens, a menos que a distinção entre sócio e sociedade fosse afastada.

Entendeu agora as possibilidades e teorias, qualquer duvida só perguntar.

Depende. Existe a desconsideração da Personalidade Jurídica atacando os bens dos sócios. Em caso de abuso da personalidade jurídica caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir a requerimento da parte ou do ministério público, quando lhe couber, intervir no processo que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando em detrimento do consumidor houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.

A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações. As sociedades coligadas só responderam por culpa e por ultimo também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. Também poderá ser considerada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados a qualidade do meio ambiente.

Temos duas teorias: a teoria maior – pressuposto é o abuso de direito ou fraude, temos a dificuldade de provas, um dos meios para gerar esta prova seria provando a confusão patrimonial, sendo a mais aceita pela doutrina e a que é mais aplicada. A teoria menor é satisfação do crédito teoria menor é mais tranqüila para o juiz decretar a desconsideração, pois não são exigidos os requisitos mencionados na teoria maior. Basta a demonstração do prejuízo do lesado para que a autonomia patrimonial da empresa seja afastada. Como se percebe, basta o prejuízo causado ao consumidor e esse demonstre que houve dano, para que, na impossibilidade de ressarcimento dos prejuízos causados pela pessoa jurídica, os sócios ou administradores respondem pela obrigação. Desconsideração inversa – desfaz a sociedade para pagar as dividas pessoais dos sócios. Na desconsideração inversa, como o próprio nome sugere, opera-se o afastamento da separação patrimonial para penetrar no âmago da sociedade e dela cobrar dívida contraída pessoalmente pelo sócio. A possibilidade ocorre quando o sócio esvazia seu patrimônio pessoal, colocando-o todo em nome de uma sociedade que detenha o controle. Dessa forma, os credores pessoais não poderiam penhorar tais bens, a menos que a distinção entre sócio e sociedade fosse afastada.

Entendeu agora as possibilidades e teorias, qualquer duvida só perguntar.

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Diego Lacerda

Há mais de um mês

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

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Ana Luíza Correia

Há mais de um mês

Complementando a primeira resposta, não podemos esquecer dos tipos de sociedade. A SOCIEDADE LIMITADA, a princípio o patrimônimo dos sócios não responde pelas dívidas da empresa, salvo se contrário no Contrato social, já na SOCIEDADE com responsabilidade ILIMITADA, abre-se espaço para a expropriação de bens para suprimento das dívidas da sociedade.

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