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Quais as consequências da Revolução Industrial nas sociedades atuais?

Sabemos que a Revolução Industrial foi um divisor de aguas para o sistema econômico das sociedades ocidentais. Explique as consequências da Revolução Industrial para as sociedades atuais.

💡 2 Respostas

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Valquiria Dos Santos Almeida

Desenvolve-se o sistema de rendas a crédito. Surgiram os métodos de publicidade e as concorrências comerciais.
O artesanato e a manufatura não puderam concorrer com a grande fábrica capitalista e foram desaparecendo paulatinamente.
O modo de produção capitalista que se formou no seio do feudal, vencia agora todas as formas de economia precapitalista, condenando à ruína e o afundamento irremisible.
No social:
Culminou o processo de desaparecimento do camponês Inglês. Apareceram as grandes cidades, que se converteram em centros industriais. Isto é, o abandono do campo e o acréscimo da população das cidades.
Mudou radicalmente a estrutura profissional da população: a conta da população agrícola incrementou-se o número de pessoas ocupadas nos diferentes ramos da indústria.
A agudización dos problemas operários e a organização dos trabalhadores em grêmios, sindicatos, etc. A consequência principal da revolução industrial foi o aparecimento das duas classes da sociedade capitalista: A burguesía industrial e o proletariado fabril, isto é, os 2 grandes grupos sociais: capitalista e operário.
O aparecimento de doutrinas que alegam dar soluções aos problemas sociais: socialismo, socialismo utópico, e a social-democracia, etc.
O desenvolvimento impetuoso da economia acarretou um incremento do luxo e a riqueza da burguesía e a sua vez, da pobreza e a indigencia nasmassas trabalhadoras.
No político:
Fortalecimento político da burguesía.
O estado não intervém diretamente como patrão nas atividades econômicas, senão que auspicia a industrialización e regula a legislação social a favor dos trabalhadores.
A indústria ocupou uma situação predominante.
Mudanças nos modos de vida:
A população concentrou-se nas cidades com atividade industrial

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Caio Maselli

A Revolução Industrial

Teve um impacto profundo no sistema econômico do ocidente, tendo como suas principais consequencias:

- A diminuição do trabalho artesanal e assim o aumento da produção de mercadorias manufaturadas em máquinas; 

- A criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores assalariados;

- Aumento da produção de mercadorias em menos tempo;

- Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias;

- Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e marítimo) à vapor;

- Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo;

- Surgimento de sindicatos de trabalhadores com objetivos de defender os interesses da classe trabalhadora;

- Aumento do êxodo rural (migração de pessoas do campo para as cidades) motivado pela criação de empregos nas indústrias;

- Aumento da poluição do ar com a queima do carvão mineral para gerar energia para as máquinas; - Crescimento desordenado das cidades, gerando problemas de sub moradias;

- Aumento das doenças e acidentes de trabalhos em função das péssimas condições de trabalho nas fábricas;

- Uso em grande quantidade de mão-de-obra infantil nas fábricas. 

Revolução Industrial foi um fenômeno internacional, tendo acontecido de maneira gradativa e provocou mudanças profundas nos meios de produção humanos até então conhecidos, afetando diretamente nos modelos econômicos e sociais de sobrevivência humana em meados do sécuro 18. O modelo feudal, essencialmente agrário - e que caracterizou o período medieval - começa a entrar em decadência, cedendo lugar, paulatinamente, ao modelo industrial - primeiramente em nível local, regional, para, logo em seguida, dar início à Revolução Industrial: em nível internacional de larga escala. A grande Revolução Industrial começou a acontecer a partir de 1760, na Inglaterra, no setor da indústria têxtil, a princípio, por uma razão relativamente fácil de se entender: o rápido crescimento da população e a constante migração do homem do campo para as grandes cidades acabaram por provocar um excesso de mão-de-obra nas mesmas. Isto gerou um excesso de mão-de-obra disponível e barata - que permitiria a exploração e a expansão dos negócios que proporcionarão a acumulação de capital (Capitalismo) pela então burguesia emergente. Isto tudo, aliado ao avanço do desenvolvimento científico - principalmente com a invenção da máquina à vapor e de inúmeras outras inovações tecnológicas - proporcionou o início do fenômeno da industrialização mundial.

Com a Revolução Industrial, ocorreu um enorme aumento da produtividade, em função da utilização dos equipamentos mecânicos, da energia a vapor e, posteriormente, da eletricidade, que passaram a substituir a força animal e, ainda mais agravante, dispensava o trabalho humano. Esse aumento de produtividade aliado ao excesso de mão-de-obra geram, inevitavelmente, desemprego. E novas levas de milhares e milhares de trabalhadores desempregados vão se incorporar à grande massa dos mendigos

Essa mudança na estrutura da produção representou simplesmente a expulsão de milhares e milhares de camponeses de suas terras, para que os grandes proprietários expandissem a produção da lã. Esses camponeses expulsos de suas terras foram parar nas cidades, onde muitos encontravam empregos na indústria, mas a maioria perambulava desempregada.

O excesso de mão-de-obra nas cidades industriais fez com que baixassem tremendamente os salários dos trabalhadores. É verdade que alguns trabalhadores especializados, nas novas fábricas, melhoravam seus padrões de vida. Mas a maioria ganhava o suficiente apenas para se alimentar e sobreviver. Segundo a "História da Civilização Ocidental", de Edward Burns e outros, na cidade industrial de Bolton, na Inglaterra, no ano de 1842, um tecelão manual não conseguia ganhar mais do que cerca de três xelins, enquanto, nessa época, estimava-se necessário pelo menos 20 xelins semanais para manter uma família de cinco pessoas um pouco acima do limite da miséria. Na área da habitação, a situação era igualmente constrangedora. Em muitas das grandes cidades, homens e velhos viviam em casa de cômodos, separados de suas famílias que haviam deixado no campo. Os trabalhadores mais pobres, em quase todas as cidades européias, moravam em horríveis quartos de porão, muitas vezes destituídos de luz, de água e de esgotos.

Daí a ocorrência intensa e freqüente da cólera, do tifo e da tuberculose, que produziam uma enorme mortalidade infantil. Os historiadores diziam e dizem ainda hoje que podiam se considerar felizes os trabalhadores que não morressem de fome.

Igualmente penosas eram as condições de trabalho nas fábricas: antes de 1850, a jornada fabril era longa, em geral de 12 a 14 horas diárias. O ambiente das fábricas era sujo e peri-goso. As máquinas eram desprotegidas e ocasionavam freqüentes acidentes de trabalho, muitas vezes mutilando os trabalhadores. Por outro lado, havia um tremendo rigor em relação ao horário de trabalho e à permanência dos trabalhadores junto às máquinas. Ao lado disso, havia, na maior parte das fábricas, a preferência na contratação de mulheres e crianças, pois, além de protestarem menos quanto às condições de trabalho, pareciam conformadas em aceitar salários menores.

É no contexto da Revolução Industrial, da deterioração das condições de vida dos trabalhadores, do desemprego e da miséria, que a Europa vai se aproximando da Revolução Francesa de 1789. Agravou a situação uma sucessão de más colheitas, resultando na escassez de alimentos e na elevação de seus preços. A fome e a miséria são os principais ingredientes da revolta do povo que levou à Revolução Francesa. As últimas décadas do século XVIII registraram esse quadro doloroso na Europa, onde desemprego e fome multiplicavam incrivelmente o número dos mendigos e vagabundos.

A crise econômica que veio na esteira da Revolução Industrial e da Revolução Francesa provocou enormes agitações políticas em toda a Europa. Contra o chamado “capitalismo selvagem”, idéias socialistas foram gradativamente ganhando corpo, minando as estruturas do Estado e da burocracia. Os trabalhadores começaram a se organizarem em Sindicatos e ganharam enorme poder de luta na defesa de seus interesses. A Revolução Industrial na sua sequência, tomou, no plano das idéias, dois rumos diferentes: em uma vertente, desenvolveram-se as idéias do liberalismo econômico, segundo os postulados dos grandes economistas do final do século XVIII, principalmente Adam Smith, David Ricardo, Jean Batista Say e John Stuart Mill. De outro lado surgiram, mais tarde, as reações de cunho socialista, que atingem um ponto máximo com o Manifesto Comunista de 1848, de Karl Marx e Friedrich Engels. No ponto de vista socioeconômico, a Revolução Industrial proporcionou o comércio em escala mundial. O modelo Feudal, essencialmente agrário - caracterísco da Idade Média - entrou, gradativamente, em decadência, cedendo lugar ao comércio internacional em larga escala. Os grandes latifundiários, os senhores feudais, bem como a estrutura agrária feudal, entraram em franco declínio, cedendo lugar para o capitalismo da burguesia industrial emergente.

 

 

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