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Doenças autoimunes

quais as diferenças clínicas entre as deficiencias genéticas de T e B?

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Tabela 1. Infecções características das imunodeficiências primárias

componente

patógeno primário

local primário

exemplo clínico

células T

Intracelular, bactéria virus, protozoários, fungos

nãp específico

IDCS, DiGeorge

células B

Pneumococos, streptococos, hemofilus

pulmão, pele e CNS

IgG, deficiência de IgM

IgG, Deficiência de IgM

Bactérias entéricas e virus GI, nasal, ôlho Deficiência de IgA

fagócitos

Estafilococos, Klebsiela Pseudomonas

pulmão, pele, nódulo linfático regional

Doença granulomatosa crônica (DGC)

complemento

Neisseria, Hemofilus, pneumococos, estreptococos

CNS
pulmão
pele

C3, Fatores I e H, componentes tardios C

Desordens das células T

Síndrome de DiGeorge (Síndroma da deleção do 22)
Esta é a mais claramente definida imunodeficiência de células T e é também conhecida como aplasia tímica congênita, ouimunodeficiência com hipoparatireoidismo. A síndrome está associada com hipoparatireoidismo, doença cardíaca congênita, orelhas de implantação baixa e boca em forma depeixe. Esses defeitos resultam de um desenvolvimento anormal do feto durante a 6ª à 10ª semana de gestação quando estão sendo formados a paratireóide, o timo, os lábios, as orelhas e o arco aórtico. Não está clara a predisposição genética enem todos os recém nascidos com a síndrome de DiGeorge têm aplasia tímica. Um enxêrto tímico retirado de um feto (13 – 14 semanas de gestação) pode ser usado para o tratamento. Enxêrtos de tempos posteriores podem levar a reação GVH. Em pacientes de DiGeorge severamente imunodeficientes, vacinas vivas podem provocar infecções progressivas.

A síndrome de DiGeorge é autossômica dominante (figura 2) e é causada pela deleção no cromossomo 22 (figura 3). As deleções são de tamanho variável mas o tamanho não se correlaciona com a severidade da doença. Em cerca de 6% dos casos, a microdeleção do cromossomo 22 é herdada mas a maioria dos casos resultam de deleção de novo que podem ser causadas por fatores ambientais. 

Deficiências de células T com graus variados de deficiência de células B

Ataxia-telangiectasia
Ataxia-telangiectasia é uma deficiência de células T associada com uma ausência de coordenação de movimentos (ataxia) e dilatação de pequenos vasos sanguíneos da área da face (telangiectasia). Células T e suas funções estão reduzidas em vários graus. Os números de células B e concentração de IgM são normais a baixos. IgG está frequentemente reduzido e IgA está consideravelmente reduzido (em 70% dos casos). Existe uma incidência elevada de malignidade, particularmente leucemias, nesses pacientes. Os defeitos surgem da quebra do cromossomo 14 nos locais dos genes do TCR e das cadeias pesadas de Ig.

Síndrome de Wiskott-Aldrich
Esta síndrome está associada com números normais de células T com função reduzida, que piora progressivamente. As concentrações de IgM estão reduzidas mas os níveis de IgG são normais. Os níveis de IgA e IgE são elevados. Meninos com esta síndrome desenvolvem eczema severo, petequia (devido a defeito de plaquetas e trombocitopenia). Eles respondem fracamente a antígenos polissacarídicos e têm tendência a infecções piogênicas. A síndrome de Wiskott-Aldrich é uma desordem ligada ao X (figura 4) devido ao defeito em uma glicoproteína do citoesqueleto, CD43.

Deficiência de MHC (Síndrome do linfócito desnudo)
Uma variedade de classes de imunodeficiências têm sido descritas nas quais ocorre um defeito no gene para a proteína trans-ativadora (CIITA) da molécula de MHC classe II, que leva à ausência da molécula de MHC classe II na sua APC. Uma vez que a seleção positiva das células CD4 no timo depende da presença dessas moléculas de MHC, esses pacientes têm menor número de células CD4 e são susceptíveis a infecções. Também existem indivíduos que têm um defeito no gene das suas proteínas de transporte associadas (TAP) e portanto não expressam moléculas de MHC classe I e consequentemente são deficientes em células T CD8 +.
 
Desordens de linfócitos B

Há uma variedade de doenças nas quais os números de células T e funções são normais: números de células B podem ser baixos ou normais mas os níveis de imunoglobulinas são baixos. Esses são muito resumidamente sumarizados abaixo.

Hipogamaglobulinemia infantil ligada ao X
Hipogamaglobulinemia ligada ao X, também referida como hipoglobulinemia de Bruton ou agamaglobulinemia, é a hipogamaglobulinemia mais severa, na qual os números de célfulas B e todos os níveis de imunoglobulinas é muito baixo. Os pacientes têm falhas de maturação de células B associadas com um gene defeituoso da tirosina cinase (btk). O diagnóstico é baseado na enumeração de células B e na medição da imunoglobulina.

Hipogamaglobulinemia transitória
Crianças ao nascimento têm níveis de IgG comparáveis com o da mãe. Devido à vida média da IgG ser de cerca de 30 dias, esse nível cai gradualmente, mas aos três meses de idade as crianças normais começam a sintetizar suas próprias IgG. Em algumas crianças, entretanto, a síntese de IgG pode não começar antes dos 2 ou 3 anos de idade. Esse retardo tem sito atribuido ao pobre auxílio de células T. Este é consequência de uma deficiência transitória de IgG que pode ser tratada com gama globulina.

Hipogamaglobulinemia variável comum (hipogamaglobulinemia de inicício tardio)
Esses indivíduos têm deficiências adquiridas de IgG e IgA na 2ª e 3ª década de suas vidas e são susceptíveis a uma variedade de bactérias piogênicas e protozoários intestinais. Eles deverão ser tratados com gama-globulina especialmente preparada para uso intravenoso.  

Deficiência de IgA
Deficiência de IgA é a mais comum de todas as imunodeficiências (1/700 de todos os causacianos). Cerca de 20% dos indivíduos com deficiência de IgA também têm baixo IgG. Pacientes deficientes em IgA são muito susceptíveis a infecções gastrointestinais, dos olhos e nasofaringeanas. Pacientes com deficiência de IgA têm uma elevada incidência de doenças autoimunes (particulaemtne do tipo complexos imunes) e malignidades linfóides. Anticorpos anti-IgA (IgG são detectados em 30 a 40 por cento dos pacientes que não devem ser tratados com γ-globulinas. O diagnóstico laboratorial é baseado na medição de IgA.

Deficiência IgG seletiva
Deficiências de subclasses diferentes de IgG têm sido encontradas. Esses pacientes são susceptíveis a infecções piogênicas. 

Imunodeficiência hiper-IgM
Indivíduos com este tipo de imuinodeficiência têm baixas concentrações de IgA e IgG com níveis anormalmente elevados de IgM. Esses pacientes não fazem mudança de classe de IgM para outras classes o que é atribuido a defeito em CD40L nas suas células CD4. Eles são muito susceptíveis a infecções piogênicas e devem ser tratados com gamaglobulinas intravenosas.
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RD Resoluções

Para responder a essa questão devemos colocar em prática nossos conhecimentos sobre Patologia.


Os defeitos funcionais de células B e células T representam a maioria das imunodeficiências primárias. Cada compartimento possui um conjunto característico de aspectos arquetípicos.

Os defeitos da função das células B caracterizam-se pela deficiência na produção de imunoglobulinas que, por sua vez, resulta em infecções sinopulmonares recorrentes. Os defeitos da função de células T são caracterizados pela depuração retardada dos vírus, suscetibilidade e infecções oportunistas e taxa elevada de doenças autoimunes.

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