A expressão Direito Penal do Inimigo foi utilizada por Günter Jakobs inicialmente por volta da década de oitenta, mas o desenvolvimento teórico e filosófico do tema somente foi levado a cabo a partir da década de 1990. Tendo ganhado maior destaque depois de 2001 com a onda de ataques terroristas pelo mundo.
Para essa teoria existem alguns tipos de criminosos que praticam reiteradamente crimes graves, contrários à sociedade como um todo, negando a soberania do Estado e causando danos intensos e irreparáveis – os chamados “inimigos”. Para estes, o Direito Penal não pode ser aplicado nos mesmos termos que seria a um criminoso comum, sob pena de ser ineficaz.
Assim, defende tal teoria que devem existir dois tipos de Direito Penal, um voltado para o cidadão e outro voltado para o inimigo.
De acordo com Jakobs (2010, p.21), "não se trata de contrapor duas esferas isoladas do Direito Penal, mas de descrever dois pólos de um só mundo ou de mostrar duas tendências opostas em um só contexto jurídico-penal".
Nesse contexto temos o Direito Penal do Cidadão, cuja tarefa é garantir a vigência da norma como expressão de uma determinada sociedade e o Direito Penal do Inimigo, ao qual cabe a missão de eliminar perigos.
Fonte: https://jus.com.br/artigos/32886/manifestacoes-do-direito-penal-do-inimigo-no-ordenamento-juridico-brasileiro
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