Para responder a essa questão, precisamos analisar cada uma das alternativas em relação aos desafios contemporâneos da atividade de inteligência no Brasil, especialmente no que diz respeito à sua estrutura normativa e funcional. a) A integração do Subsistema de Inteligência de Segurança Pública (SISP) com os municípios tem sido a principal causa de vazamentos de informações sigilosas e de judicialização da atividade de inteligência. - Embora a integração possa trazer desafios, não é necessariamente a "principal causa" de problemas. b) A indeterminação conceitual da inteligência e sua inespecificidade normativa podem resultar em desvios de finalidade, como o uso da atividade para interesses políticos ou corporativos. - Esta alternativa aborda um problema real e relevante, pois a falta de definição clara pode levar a abusos. c) A institucionalização da inteligência como prática militar impede sua integração com órgãos civis e com o Ministério Público, resultando em baixa capilaridade informacional. - Essa é uma crítica válida, mas não é o único desafio contemporâneo. d) A centralização do SISBIN na figura do Presidente da República torna inconstitucional qualquer delegação de funções à ABIN ou a órgãos estaduais de inteligência. - Essa afirmação é mais sobre a estrutura de poder do que um desafio contemporâneo. e) A ausência de marcos legais que definam os limites e a finalidade das atividades de inteligência compromete a sua efetividade no âmbito da segurança pública. - Essa alternativa também é muito pertinente, pois a falta de marcos legais pode realmente comprometer a eficácia e a legitimidade das atividades de inteligência. Após analisar as alternativas, a que melhor representa um desafio contemporâneo à consolidação de um sistema de inteligência democrático e eficiente é: b) A indeterminação conceitual da inteligência e sua inespecificidade normativa podem resultar em desvios de finalidade, como o uso da atividade para interesses políticos ou corporativos.