A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) foi um longo conflito entre as coroas da Inglaterra e da França, motivado por disputas dinásticas, territoriais e comerciais. O conflito teve início com a reivindicação do trono francês por Eduardo III da Inglaterra, após a morte de Carlos IV, último rei direto da dinastia capetíngia. A recusa da nobreza francesa em aceitar a pretensão inglesa levou à coroação de Filipe VI, inaugurando a dinastia Valois e dando início à guerra. Ao longo de mais de um século, o conflito alternou batalhas sangrentas, como as de Crécy e Poitiers, com longos períodos de trégua.

Além das inovações militares, como o uso do arco longo pelos ingleses, a guerra teve efeitos profundos sobre as estruturas sociais e políticas dos dois reinos. Na França, o conflito fortaleceu a figura do rei e impulsionou a centralização do poder. Na Inglaterra, o prolongado esforço de guerra contribuiu para a ampliação das atribuições do Parlamento, responsável por autorizar tributos. A atuação de figuras como Joana D’Arc simbolizou a resistência francesa e a recuperação do moral nacional. Assim, a Guerra dos Cem Anos não foi apenas uma disputa pelo trono, mas um processo de transformação política que contribuiu para a formação dos Estados modernos.

Com base nos efeitos da Guerra dos Cem Anos para a centralização política na Inglaterra e na França, assinale a alternativa correta.

• A atuação de Joana D’Arc enfraqueceu a monarquia francesa ao desafiar diretamente o rei.
• O conflito resultou na fragmentação dos Estados e no retorno ao modelo feudal descentralizado.
• A vitória inglesa no final da guerra consolidou seu domínio sobre a maior parte do território francês.
• A Guerra dos Cem Anos fortaleceu a autoridade dos reis e contribuiu para a centralização do poder nas monarquias nacionais.
• A Guerra dos Cem Anos impediu qualquer desenvolvimento institucional nos dois reinos envolvidos.