No atual contexto mundial, no campo educacional e em outras esferas da vida em sociedade, debates em torno da temática étnico-racial têm tomado espaço nos meios de comunicação, na política, nas universidades e nas escolas. Se tratando da formação de professores/as, sobretudo nos cursos de licenciatura, a educação para as relações étnico-raciais se apresenta como dimensão formativa que propõe reparar longos processos violentos da colonização contra a cultura negra e suas populações. A educação das relações étnico-raciais tem o intuito de educar para o reconhecimento e valorização da história e cultura dos diversos povos que formaram nossa identidade nacional, incluindo as contribuições dos povos africanos e afro-brasileiros (p.4). Os fenômenos sociais, assim como as palavras, têm significado estão construídos socialmente pelos sujeitos envolvidos. O dito já foi dito e o não dito precisa ser evidenciado. Portanto, não há como negar nossas raízes africanas e nossa identidade afro-brasileira. Valorizar sua história e cultura é um compromisso, dentre outros, necessários à educação brasileira (p. 28). A “Educação para as Relações Étnico-Raciais”, prevista nas diretrizes curriculares nacionais, tem como objetivo principal: Escolha uma: a. Valorizar a diversidade étnico-racial, promovendo a igualdade, o respeito mútuo e o combate ao racismo no ambiente escolar. b. Focar unicamente nas questões econômicas ligadas à população negra, sem abordar aspectos históricos ou culturais. c. Promover o estudo exclusivo da cultura africana, ignorando outras matrizes culturais presentes no Brasil. d. Reforçar estereótipos para facilitar a identificação das diferentes etnias pelos estudantes. e. Restringir o ensino da história e cultura afro-brasileira apenas ao mês de novembro, como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra.