NoO Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001) representa um marco fundamental para a gestão urbana no Brasil, estabelecendo diretrizes que orientam o planejamento e a ocupação do solo de maneira socialmente justa e ambientalmente sustentável. Entre seus princípios fundamentais, destaca-se a função social da propriedade, que busca garantir que os espaços urbanos sejam utilizados de forma a atender ao interesse coletivo, evitando a especulação imobiliária, ociosidade de terrenos e a segregação socioespacial. Na prática, a aplicação desse princípio exige a implementação de instrumentos como o IPTU progressivo no tempo, a desapropriação de áreas subutilizadas para fins habitacionais e a exigência de cumprimento da função social por parte dos proprietários de imóveis urbanos. No entanto, um dos grandes desafios do planejamento urbano é equilibrar interesses públicos e privados, garantindo que o desenvolvimento das cidades atenda às necessidades da coletividade sem inviabilizar investimentos e atividades econômicas. contexto da urbanização brasileira, observa-se um intenso processo de concentração populacional nos grandes centros urbanos, impulsionado pelo crescimento econômico, pelas oportunidades de trabalho e pela oferta de