No caso apresentado, a testemunha Lara, sendo uma criança de apenas 10 anos, pode ser ouvida como testemunha, mas há algumas considerações importantes a serem feitas de acordo com o Código de Processo Penal (CPP). Primeiramente, o CPP prevê que a oitiva de crianças deve ser realizada de forma a respeitar sua condição e garantir que ela não seja exposta a situações que possam causar trauma. Além disso, a capacidade de uma criança para testemunhar pode ser avaliada, considerando sua compreensão e maturidade. O juiz pode determinar que a oitiva da criança seja feita em ambiente apropriado e, se necessário, com a presença de um psicólogo ou assistente social para garantir que a criança se sinta segura e confortável durante o depoimento. Portanto, a defesa pode arrolar Lara como testemunha, mas a forma como seu depoimento será conduzido deve respeitar as diretrizes legais e éticas para a proteção de menores.