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A Captura Híbrida é um teste qualitativo e quantitativo de hibridização molecular, para a pesquisa de vírus e bactérias, com amplificação do sinal dos híbridos RNA-DNA formados, que são detectados através de reação enzima-substrato e leitura por quimioluminescência. O material para análise passa por cinco passos: (1) desnaturação do DNA; (2) hibridização com sonda RNA; (3) captura dos híbridos em microplaca sensibilizada com anticorpos anti-híbrido; (4) reação dos híbridos com anticorpo conjugado à enzima; (5) adição de substrato e detecção dos híbridos por quimioluminescência. Todo o procedimento analítico tem duração de quatro horas, permitindo que o resultado seja conhecido no mesmo dia da coleta. A leitura é totalmente automatizada. A luz emitida é medida em Unidades de Luz Relativa (RLU) no quimioluminômetro. A intensidade da luz emitida denota a presença ou ausência do DNA nos espécimes. A medida RLU igual ou acima do valor de corte (“Cutoff”) estabelecido pelo software indica a presença da seqüência específica de DNA-HPV no espécime. RLU menor que o valor do cutoff indica a ausência da seqüência de DNA-HPV específico ou que os níveis de DNA-HPV estão abaixo do limite de detecção do ensaio. Os valores lidos pelo equipamento são transmitidos a um computador dotado de software que analisa os dados, faz os cálculos de validação do ensaio e a quantificação dos controles positivos, controles negativos e amostras. O Sistema Captura Híbrida® disponibiliza testes para o Papilomavírus Humano (HPV), Chlamydia trachomatis (CT) e a Neisseria gonorrhoeae (GC). A Captura Híbrida® para HPV possui sensibilidade analítica de 1pg/ml, equivalente 0,1 cópia de vírus por célula. O teste utiliza sondas de RNA altamente específicas para detectar 18 tipos virais que são agrupados em dois pools de sondas. Um pool contém sondas para cinco tipos de HPV considerados de baixo risco oncogênico (6, 11, 42, 43 e 44) e o outro pool contém sondas para 13 tipos de HPV considerados de alto risco oncogênico (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68). Fonte: Brochura de divulgação do teste de Captura Híbrida® (Qiagen) A O teste de Captura Híbrida é capaz de determinar a presença dos tipos virais contemplados nas sondas (presença de infecção) mas seu resultado não determina a presença de lesões teciduais provocadas pelos vírus (presença de doença), o que faz deste teste um teste de rastreamento e não um teste diagnóstico. B O teste de Captura Híbrida é capaz de determinar se a o(s) vírus presente(s) são de baixo ou alto risco oncogênico, de acordo com a sonda utilizada, mas não informa qual é especificamente o tipo viral envolvido na infecção. C Pode-se dizer que o teste é quantitativo, uma vez que não há amplificação do DNA da amostra, o que faz com que a quantidade de luz produzida na reação quimioluminescente seja diretamente proporcional ao número de cópias virais presentes na amostra. D O software que analisa os dados da leitura do equipamento determina um valor de corte ou “cutoff” com base no resultado dos controles da reação. Amostras com RLU abaixo do “cutoff” são consideradas negativas e amostras com RLU acima do “cutoff” são consideradas positivas. E A contaminação cruzada entre as amostras pode comprometer a sensibilidade do teste, uma vez que podem surgir resultados falso-negativos.
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Douglas Schirmer

semana passada

Respostas

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semana passada

Vamos analisar cada uma das alternativas para determinar qual é a correta em relação ao teste de Captura Híbrida: A) O teste de Captura Híbrida é capaz de determinar a presença dos tipos virais contemplados nas sondas (presença de infecção) mas seu resultado não determina a presença de lesões teciduais provocadas pelos vírus (presença de doença), o que faz deste teste um teste de rastreamento e não um teste diagnóstico. Correta. O teste realmente identifica a presença de infecções, mas não avalia lesões teciduais. B) O teste de Captura Híbrida é capaz de determinar se a(s) vírus presente(s) são de baixo ou alto risco oncogênico, de acordo com a sonda utilizada, mas não informa qual é especificamente o tipo viral envolvido na infecção. Incorreta. O teste pode identificar os tipos virais específicos, pois utiliza sondas para diferentes tipos de HPV. C) Pode-se dizer que o teste é quantitativo, uma vez que não há amplificação do DNA da amostra, o que faz com que a quantidade de luz produzida na reação quimioluminescente seja diretamente proporcional ao número de cópias virais presentes na amostra. Incorreta. O teste é qualitativo e não quantitativo, pois não amplifica o DNA da amostra. D) O software que analisa os dados da leitura do equipamento determina um valor de corte ou “cutoff” com base no resultado dos controles da reação. Amostras com RLU abaixo do “cutoff” são consideradas negativas e amostras com RLU acima do “cutoff” são consideradas positivas. Correta, mas não é a única correta. E) A contaminação cruzada entre as amostras pode comprometer a sensibilidade do teste, uma vez que podem surgir resultados falso-negativos. Correta, mas não é a única correta. As alternativas A e D são corretas, mas a A é a mais abrangente e relevante em relação ao propósito do teste. Portanto, a resposta correta é: A.

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