Logo Passei Direto
Buscar
Um filósofo político do século XVII argumenta que os seres humanos, em seu estado de natureza, não vivem em uma guerra de todos contra todos, mas são regidos por uma lei natural, que é um mandamento divino. Essa lei confere a todos direitos inatos à vida, à liberdade e à propriedade.
Segundo ele, os indivíduos consentem em formar uma sociedade política e um governo não para criar esses direitos, mas precisamente para garantir sua proteção de forma mais eficaz, estabelecendo um juiz imparcial para resolver disputas. Caso o governo se torne tirânico e viole esses direitos fundamentais, ele perde sua legitimidade. Esta linha de pensamento é a base do liberalismo político e é atribuída a:
a. Thomas Hobbes, que via a lei natural como um conselho da razão para buscar a paz, mas não como um mandamento divino que conferia direitos pré-contratuais.
b. Karl Marx, que veria tal filosofia como uma justificação ideológica para a dominação da burguesia e a proteção da propriedade privada capitalista.
c. John Locke, que fundamenta sua teoria no consentimento dos governados e na ideia de que o governo é limitado e tem como função primordial proteger os direitos naturais preexistentes.
d. Nicolau Maquiavel, cuja análise se foca na manutenção do poder pelo príncipe, e não na teoria dos direitos naturais ou no consentimento dos governados.
e. Jean-Jacques Rousseau, para quem a propriedade privada é a origem da desigualdade e da corrupção social, e não um direito natural a ser protegido.
User badge image
DireitosHumanizados

há 3 dias

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

há 3 dias

Vamos analisar cada alternativa: a. Thomas Hobbes, que via a lei natural como um conselho da razão para buscar a paz, mas não como um mandamento divino que conferia direitos pré-contratuais. Falso, Hobbes acreditava que no estado de natureza havia uma guerra de todos contra todos e não defendia a ideia de direitos naturais como Locke. b. Karl Marx, que veria tal filosofia como uma justificação ideológica para a dominação da burguesia e a proteção da propriedade privada capitalista. Falso, Marx criticava a ideia de direitos naturais, mas não é o autor dessa linha de pensamento. c. John Locke, que fundamenta sua teoria no consentimento dos governados e na ideia de que o governo é limitado e tem como função primordial proteger os direitos naturais preexistentes. Verdadeiro, Locke é conhecido por essa visão, defendendo que os direitos à vida, liberdade e propriedade são naturais e devem ser protegidos pelo governo. d. Nicolau Maquiavel, cuja análise se foca na manutenção do poder pelo príncipe, e não na teoria dos direitos naturais ou no consentimento dos governados. Falso, Maquiavel não se preocupa com direitos naturais ou consentimento, mas sim com a política prática e a manutenção do poder. e. Jean-Jacques Rousseau, para quem a propriedade privada é a origem da desigualdade e da corrupção social, e não um direito natural a ser protegido. Falso, Rousseau critica a propriedade privada, mas não é o autor dessa linha de pensamento sobre direitos naturais. Com base na análise, a alternativa correta que reflete a linha de pensamento descrita é: c) John Locke, que fundamenta sua teoria no consentimento dos governados e na ideia de que o governo é limitado e tem como função primordial proteger os direitos naturais preexistentes.

Essa resposta te ajudou?

0
Dislike0

Ainda com dúvidas?

Envie uma pergunta e tenha sua dúvida de estudo respondida!

Essa pergunta também está no material:

Mais perguntas desse material

Um filósofo do século XVIII, em sua reflexão sobre a política e a moral, propõe que a única constituição legítima é a republicana, fundamentada no direito. Ele argumenta que a humanidade deve progredir de um 'estado de natureza', que é um estado de guerra potencial ou real, para um 'estado de direito', que é um estado de paz.
Essa paz, no entanto, não é um dom da natureza, mas uma construção racional que deve ser estabelecida tanto dentro dos Estados quanto entre eles. Para tal, ele defende que a liberdade não consiste em agir sem regras, mas na capacidade de seguir uma lei que a própria razão impõe. Essa visão de 'paz através da lei' e de um governo republicano como condição para a paz perpétua é central no pensamento de:
a. Immanuel Kant, que em suas obras de filosofia política, como 'À Paz Perpétua', desenvolve a doutrina do Estado de Direito (Rechtstaat) e a necessidade de uma federação de estados livres com constituições republicanas para superar o estado de guerra.
b. Santo Agostinho, que via a paz como a 'tranquilidade na ordem' e a justiça como dependente da relação com Deus, em um contexto teológico distinto.
c. Max Weber, cuja análise se concentra no monopólio da violência pelo Estado e na ética da ação política, e não na construção de uma paz perpétua através de uma constituição específica.
d. Friedrich Nietzsche, que via o Estado como uma perversão e pregava a superação da moralidade tradicional, não a sua universalização através da lei.

Imagine um líder político que, ao tomar uma decisão de grande impacto nacional, se depara com um dilema. Por um lado, sua ideologia e convicções morais mais profundas ditam um curso de ação específico, que ele acredita ser o "correto" em termos de princípios, mesmo que as previsões indiquem que tal ação possa levar a consequências econômicas e sociais negativas no curto prazo. Por outro lado, há uma alternativa pragmática que, embora se afaste de seus ideais, considera as consequências prováveis e busca o melhor resultado possível para o bem-estar da nação, ponderando os diversos interesses em jogo. A tensão entre essas duas abordagens para a ação política foi analisada por Max Weber através de quais conceitos éticos?
a. A ética da virtude, focada no caráter moral do líder, e a ética utilitarista, focada em maximizar a felicidade geral, conceitos não diretamente atribuídos a Weber nesse contexto.
b. A dialética materialista, que analisa o conflito de classes como motor da decisão, e a ética da vocação, que se refere ao chamado interior do político para governar.
c. A ética da convicção, que se orienta por preceitos ideológicos e morais independentemente dos resultados, e a ética da responsabilidade, que exige a ponderação das consequências previsíveis das ações.
d. A ética do poder, que justifica qualquer meio para atingir os fins, e a ética da legalidade, que se restringe ao cumprimento da lei, simplificando a complexa análise weberiana.
e. A ética da responsabilidade, que se refere à adesão estrita aos princípios ideológicos, e a ética da convicção, que se refere à ponderação das consequências práticas.

A concepção culturalista da Constituição propõe uma visão totalizante, buscando superar a unilateralidade das concepções clássicas. Ela entende a Constituição como um fenômeno complexo, produto e, ao mesmo tempo, condicionante da cultura de um povo. De que maneira essa concepção integra os elementos centrais das teorias sociológica, política e jurídica?
a. Ela funde as três perspectivas ao reconhecer que a Constituição é simultaneamente um reflexo dos fatores reais de poder (visão sociológica), o resultado de uma decisão política fundamental (visão política) e uma norma jurídica suprema com força vinculante (visão jurídica), formando uma unidade dialética.
b. Ela combina apenas as concepções política e jurídica, argumentando que a decisão política cria a norma suprema, e desconsidera os fatores sociais por serem muito instáveis para fundamentar uma Constituição.
c. Ela prioriza a concepção jurídica de Kelsen, entendendo que os fatores sociais e as decisões políticas são apenas consequências da norma fundamental hipotética, sem valor constitutivo próprio.
d. Ela foca exclusivamente na concepção sociológica de Lassalle, argumentando que a cultura de um povo é sinônimo dos seus fatores reais de poder, e que os aspectos políticos e jurídicos são meramente formais.
e. Ela rejeita as três teorias clássicas, propondo que a Constituição é um fenômeno puramente filosófico e moral, desvinculado de fatores sociais, políticos ou normativos.

Mais conteúdos dessa disciplina