Ed
há 2 semanas
A afirmação apresentada reflete uma visão tradicional do Direito de Família, que considera apenas as famílias formadas por matrimônio e laços de consanguinidade. No entanto, o ordenamento jurídico brasileiro, especialmente após a Constituição de 1988 e o Código Civil de 2002, reconhece a pluralidade das entidades familiares, incluindo uniões estáveis, famílias monoparentais e relações afetivas que não necessariamente envolvem vínculos biológicos. As mudanças sociais e a evolução dos valores têm levado a uma maior aceitação de diferentes configurações familiares, e as decisões judiciais, embora ainda possam ser conservadoras em alguns casos, têm mostrado um movimento em direção ao reconhecimento da diversidade familiar. Portanto, a ideia de que a família deve ser vista apenas sob a ótica do vínculo biológico é cada vez mais contestada, e o Direito de Família deve acompanhar essa evolução, reconhecendo a importância dos laços afetivos e da convivência familiar. Em resumo, a afirmação inicial é limitada e não reflete a realidade atual do Direito de Família no Brasil, que busca proteger e reconhecer a diversidade das relações familiares contemporâneas.