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1) Carlos é proprietário de uma tradicional padaria localizada no centro da cidade de Belo Horizonte. Em 10 de janeiro de 2024, decide se aposentar e vende todo o seu estabelecimento empresarial para Joana, por meio de contrato de trespasse regularmente registrado e publicado em jornal oficial na mesma data. Em 20 de março de 2025, um antigo fornecedor de Carlos ajuíza ação de cobrança contra Joana, pleiteando o pagamento de duas dívidas: a primeira dívida de R$ 80.000,00 referente ao fornecimento de insumos com vencimento em novembro de 2023, e a segunda dívida uma Nota Promissória com vencimento no dia 20 de agosto de 2024. As dívidas constam regularmente na contabilidade da empresa. Ao ser citada, Joana procura você, como advogado(a), com algumas dúvidas sobre o tema: a) Joana poderá ser responsabilizada pelo pagamento da dívida cobrada pelo fornecedor? Justifique a sua resposta. b) Carlos poderá ser solidariamente responsável pelos débitos? Justifique a sua resposta.
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Debora Custodio

ontem

Respostas

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ontem

Para responder a essa questão, vamos analisar as duas partes separadamente. a) Joana poderá ser responsabilizada pelo pagamento da dívida cobrada pelo fornecedor? Sim, Joana poderá ser responsabilizada pelo pagamento da dívida referente à Nota Promissória com vencimento em 20 de agosto de 2024. Isso ocorre porque, ao adquirir o estabelecimento por meio de um contrato de trespasse, ela assume as obrigações da empresa, incluindo dívidas que estejam relacionadas à atividade empresarial. No entanto, a dívida de R$ 80.000,00, que venceu em novembro de 2023, é anterior à aquisição do negócio e, portanto, não deve ser de responsabilidade de Joana, já que ela não era a proprietária na época em que a dívida foi contraída. b) Carlos poderá ser solidariamente responsável pelos débitos? Sim, Carlos poderá ser solidariamente responsável pelos débitos, especialmente pela dívida que venceu antes da venda do estabelecimento (R$ 80.000,00). De acordo com o artigo 1.146 do Código Civil, o vendedor (Carlos) pode ser responsabilizado por dívidas anteriores ao trespasse, caso não tenha sido acordado de forma diferente no contrato. Portanto, Carlos pode ser chamado a responder por essa dívida, já que ela foi contraída durante sua gestão do negócio. Resumindo: - Joana é responsável pela dívida da Nota Promissória, mas não pela dívida anterior. - Carlos pode ser solidariamente responsável pela dívida anterior ao trespasse.

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