Ed
anteontem
Vamos analisar as alternativas uma a uma para identificar a mais adequada em relação ao ativismo do Poder Judiciário no Brasil após 1988: a) O Poder Judiciário compreendeu que a melhor forma de atuar seria defender os direitos da sociedade num contexto em que os políticos e as instituições democráticas não conseguem atender às demandas da população. - Esta alternativa reflete uma realidade, mas não aborda diretamente o papel da Constituição de 1988. b) A Constituição Federal enfraqueceu novos direitos coletivos e individuais que materializaram o status de cidadania até então inexistente no país, e assim o Poder Judiciário busca atuar para compensar essa lacuna no ordenamento jurídico nacional. - Esta afirmação é incorreta, pois a Constituição de 1988, na verdade, fortaleceu os direitos coletivos e individuais. c) O Poder Judiciário ampliou sua agenda de defesa de direitos após 1988, já que seus instrumentos de ação aumentaram e ele passou a ser visto como um canal de representação de minorias e de grupos sociais excluídos do processo político formal. - Esta alternativa é a mais adequada, pois reflete a ampliação do papel do Judiciário e a sua função de defender direitos, especialmente após as mudanças constitucionais. d) As novas regras constitucionais não servem para explicar o protagonismo do Poder Judiciário e do STF a partir da década de 1990 na judicialização da vida pública brasileira. - Esta alternativa é imprecisa, pois as novas regras constitucionais são fundamentais para entender esse protagonismo. e) O maior acesso da população ao Poder Judiciário para a defesa de direitos garantiu ampla eficiência na solução das demandas coletivas. - Embora o acesso tenha aumentado, a eficiência na solução das demandas coletivas não é o foco principal do ativismo judicial. Diante dessa análise, a alternativa mais adequada é: c) O Poder Judiciário ampliou sua agenda de defesa de direitos após 1988, já que seus instrumentos de ação aumentaram e ele passou a ser visto como um canal de representação de minorias e de grupos sociais excluídos do processo político formal.