Após o golpe militar de 1964, a atuação dos profissionais de Serviço Social realmente se tornou mais restrita, principalmente devido ao controle estatal e à repressão política. As práticas dos assistentes sociais nesse contexto podem ser atribuídas a algumas características principais: 1. Adaptação às Políticas Estatais: Os assistentes sociais tiveram que se adaptar às novas políticas sociais impostas pelo regime, que muitas vezes priorizavam a manutenção da ordem social e a contenção de movimentos sociais. 2. Foco em Programas de Desenvolvimento: As práticas passaram a se concentrar em programas de desenvolvimento comunitário, que buscavam atender às demandas sociais, mas dentro de um modelo que muitas vezes não questionava as estruturas de poder. 3. Resistência e Crítica: Apesar das restrições, muitos profissionais de Serviço Social se engajaram em práticas de resistência, buscando formas de atender às necessidades da população e criticando as desigualdades sociais. 4. Formação e Capacitação: O contexto exigiu uma formação mais crítica e reflexiva, levando os assistentes sociais a se prepararem para lidar com as complexidades sociais e políticas da época. Essas práticas refletem a tensão entre a necessidade de atender às demandas sociais e as limitações impostas pelo regime militar.