Cara Colega,
Arbitrgem aqui na região onde eu estagio geralmente é utilizada em casos que a lide é referente à locação de imóveis e neste caso deve constar previamente no contrato de locação que ambas as partes convencionam para que, em caso de haver conflito, seja discutido arbitragem.
Não tenho experiencia em outras àreas de atuação em relação à arbitragem, mas eu seguiria esse mesmo raciocínio.
Espero ter ajudado.
Att,
4. Requisitos para a instituição da arbitragem
Somente poderão fazer uso do procedimento arbitral pessoas capazes de contratar, ficando excluídos, portanto os incapazes, de acordo com a dicção dos artigos contidos no Capítulo I do Código Civil de 2002, que trata da personalidade e capacidade para os atos civis.
Os requisitos essenciais para se instituir um procedimento arbitral e fazer uso da arbitragem estão na Lei de Arbitragem, especificamente no Artigo 1º que estabelece o seguinte:
“As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.”
A capacidade dos contratantes é condição sine qua non para a utilização da arbitragem, sem a qual não se pode firmar a convenção de arbitragem.
Sendo capazes para os atos da vida civil as partes interessadas poderão contratar a cláusula compromissória ou o compromisso arbitral para se valerem da arbitragem na solução de seus conflitos.
Capacidade jurídica na lição de Plácido e Silva “quer significar a aptidão legal que tem a pessoa, seja física ou jurídica, de adquirir e exercer direitos.” [5] Essa aptidão esta expressa no Artigo 2º do Código Civil e, considerando que a instituição da arbitragem implica na disponibilidade do direito, não podem se valer da arbitragem os incapazes, ainda que representados ou assistidos, bem como não podem instaurar um processo arbitral aqueles que possuam apenas poderes de administração.
A arbitragem é sempre voluntária, por decorrer da autonomia da vontade dos contratantes e jamais pode ser obrigatória.
Outro requisito para a utilização da arbitragem, além da capacidade jurídica é a necessidade de que o litígio diga respeito a direito patrimonial disponível.
4.1. Direito Patrimonial Disponível
Definir direitos disponíveis e direitos indisponíveis não é tarefa fácil. Os operadores do direito, de modo geral, sabem a diferença, mas é muito difícil fixar uma definição para a solução de todos os conflitos que possam surgir na definição de um ou outro direito.
Podemos dizer que direito patrimonial disponível é todo direito que sob o total domínio de seu titular, pode livremente ser alienado, negociado e até mesmo renunciado. Portanto, é aquele direito cujo seu titular pode contratar e transigir.
São disponíveis no dizer de Carlos Alberto Carmona: “aqueles bens que podem ser livremente alienados ou negociados, por encontrarem-se desembaraçados, tendo o alienante plena capacidade jurídica para tanto” [6]
Paulo César Moreira Teixeira e Rita Maria de Faria Corrêa Andreatta[7] ensinam que:
“Devemos considerar como direitos patrimoniais disponíveis, todos os bens corpóreos e incorpóreos passiveis de avaliação econômica que sejam de nossa propriedade e dos quais podemos livremente nos desfazer”
De modo geral, não são considerados como direito disponível as questões que envolvem o direito de família, principalmente as questões de estado da pessoa como a filiação, o casamento, os alimentos, bem como as questões referentes ao direito de sucessões, direito penal, direito tributário, entre outras cuja autonomia da vontade das partes não pode atuar.
fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9944
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos
•UNIFCV
Compartilhar