A abordagem psicossocial em saúde mental propõe uma leitura ampliada do sofrimento psíquico, considerando o sujeito em sua singularidade e inserção socio-histórica. Essa perspectiva se diferencia da lógica biomédica tradicional, pois não restringe os transtornos mentais a causas exclusivamente biológicas ou sintomas clínicos, mas busca compreender os determinantes sociais que atravessam a vida dos sujeitos, como desigualdade, exclusão, violência e falta de acesso a direitos fundamentais. Nesse modelo, a escuta clínica é ressignificada: ela deve estar atenta às narrativas que expressam vivências de vulnerabilidade e às redes de apoio comunitárias que atuam como mediadoras do cuidado. O psicólogo, ao atuar nessa lógica, assume um posicionamento ético-político, implicado com os direitos humanos e com a luta contra práticas que reforcem estigmas. Nesse contexto, analisar dados em saúde mental exige mais do que leitura quantitativa: requer compreensão dos vínculos entre sofrimento psíquico, território, cultura e política pública. Portanto: I. A abordagem psicossocial em saúde mental considera o sujeito em sua realidade social, cultural e histórica. PORQUE II. A escuta clínica, nessa abordagem, deve incluir os vínculos sociais e os fatores comunitários que influenciam o sofrimento psíquico. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: Escolha uma: a. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II, falsa. b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I. c. As asserções I e II são proposições falsas. d. A asserção I é uma proposição falsa e a II, verdadeira. e. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II justifica a I.