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Atividade 3 (A3) A educação de crianças e jovens surdos é uma preocupação que permeia toda a história dessa população. Movida por experiências, tentativas de acerto e insucessos metodológicos, a educação especial tem, paulatinamente, alcançado visibilidade e espaço em meio às ideologias que insistem em normalizar e padronizar o ser humano, sobretudo na modernidade fragmentada por tantos discursos e pouca eficácia na compreensão sobre quem, de fato, é o homem. Dessa forma, tratar do cenário da educação especial, principalmente no que se refere à questão da pessoa surda, faz-se necessário enquanto projeto de oposição às narrativas que trazem, como arquétipos sociais, mentes, corpos e culturas uniformes. Não a favor de tal interpretação, as questões que envolvem a identidade e a cultura surda reivindicam o reconhecimento de seus artefatos - de modo especial, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), considerada um marco nas políticas públicas - e evidenciam as características específicas da comunidade surda. A língua de sinais ocupa um espaço de destaque no seio dessa comunidade, sendo sinal de orgulho e ideário político. O processo de construção de uma língua passa, necessariamente, pela etapa de estruturação formal, dando-lhe forma escrita, regulando o significado de seus signos e justificando o porquê de seu uso. No caso da Libras, seria correto afirmar que ela se comporta estruturalmente da mesma forma que as demais línguas? Ou seja, há algo que diferencie a Libras das demais línguas faladas em sua transcrição? Detalhe quais são essas diferenças.
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Natan Nunes de Oliveira

há 4 dias

Respostas

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há 4 dias

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) se comporta estruturalmente como outras línguas, pois possui gramática, vocabulário e sintaxe próprios. No entanto, existem algumas diferenças em relação às línguas faladas: 1. Modalidade: Libras é uma língua visual-espacial, enquanto as línguas faladas são auditivas. Isso significa que a comunicação em Libras utiliza sinais manuais, expressões faciais e movimentos corporais. 2. Gramática: A estrutura gramatical da Libras é diferente da das línguas orais. Por exemplo, a ordem das palavras pode variar, e a utilização de espaço para indicar sujeitos e objetos é uma característica única. 3. Iconicidade: Muitos sinais em Libras são icônicos, ou seja, têm uma relação visual com o que representam, enquanto as línguas faladas dependem de sons que não têm relação direta com o significado. 4. Cultura: Libras é profundamente ligada à cultura surda, refletindo experiências e valores dessa comunidade, o que pode não ocorrer da mesma forma nas línguas faladas. Essas diferenças são fundamentais para entender a singularidade da Libras e sua importância como língua e identidade cultural da comunidade surda.

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