Direito potestativo é um direito sem contestação. É o caso, por exemplo, do direito assegurado ao empregador de despedir um empregado; cabe a ele apenas aceitar esta condição.
É a prerrogativa jurídica de impor a outrem, unilateralmente, a sujeição ao seu exercício. Como observa Francisco Amaral, o direito potestativo atua na esfera jurídica de outrem, sem que este tenha algum dever a cumprir.
Não implica, por outro lado, num determinado comportamento de outrem, nem é suscetível de violação. Segundo ainda o mesmo autor, o direito potestativo não se confunde com o direito subjetivo, porque a este se contrapõe um dever, o que não ocorre com aquele, espécie de poder jurídico a que não corresponde um dever, mas uma sujeição, entendendo-se como tal a necessidade de suportar os efeitos do exercício do direito potestativo.
Os direitos potestativos podem ser constitutivos, como por exemplo o direito do dono de prédio encravado (aquele que não tem saída para uma via pública) de exigir que o dono do prédio dominante lhe permita a passagem.
Denomina-se potestativo o direito que pertence a alguem e contra o qual não se admitem quaisquer contestações da outra parte.
Por exemplo: quando um dos cônjuges deseja o divórcio, ao outro cônjuge resta somente discutir questões orbitais, como partilha de bens, alimentos, guarda, etc. Em referência ao divórcio propriamente dito, não cabe qualquer discussão, pois, querendo ou não, o processo de divórcio terá seguimento e, ao fim, será decretada a dissolução da sociedade conjugal, ainda que sem acordo de ambos.
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