A Engenharia Civil, em conjunto com a Gestão Ambiental, desempenha um papel necessário na mitigação desses impactos e na promoção de soluções sustentáveis para o Cerrado. A restauração ecológica, através do reflorestamento com espécies nativas, é uma das alternativas mais eficazes para combater os efeitos do desmatamento (Brito & Amaral, 2007). A utilização de geotecnologias para o mapeamento e monitoramento das áreas desmatadas, como as imagens de satélite, é uma ferramenta necessária para o planejamento de ações de recuperação e manejo ambiental (Maurano et al., 2019). A gestão integrada das bacias hidrográficas também é necessário para garantir a qualidade da água e a manutenção dos ecossistemas aquáticos que dependem da preservação das florestas do Cerrado (Pereira & Amaral, 2007). Além disso, a construção de infraestruturas verdes, como sistemas de drenagem sustentável e o uso de vegetação nativa nas áreas urbanas, tem mostrado ser uma estratégia eficaz para reduzir os impactos da urbanização e promover a resiliência das cidades às mudanças climáticas (Netto & Melo, 2005). Essas infraestruturas podem contribuir para a recuperação dos serviços ecossistêmicos, ao mesmo tempo em que melhoram a qualidade de vida das populações urbanas, como o aumento da qualidade do ar e a melhoria das condições térmicas nas cidades.