A modernidade ocidental é marcada por processos de racionalização: declínio do fundamento mágico-tradicional, ascensão da racionalidade instrumental e institucionalização de rotinas impessoais. Essa matriz explica o Estado moderno, concebido como comunidade que reivindica com êxito o monopólio da coação física legítima num território, apoiando-se numa burocracia que opera por regras, previsibilidade e competência técnica. Ao mesmo tempo, a política é definida como luta pela distribuição de poder — dentro do Estado ou entre Estados —, o que articula partidos, parlamento e aparato administrativo. Nesse desenho, a burocracia não substitui a liderança política: ela executa dentro de quadros normativos, sob supervisão de dirigentes e partidos, condição essencial à accountability. A profissionalização da política, com papéis diferenciados, e a tensão entre democratização e parlamentarização dão o tom das ambivalências do governo de massas, exigindo mecanismos de coordenação que evitem tanto a captura clientelista quanto a autonomia excessiva do funcionalismo. (Texto do elaborador da questão) A partir do conteúdo estudado, identifique qual alternativa descreve corretamente o traço definidor do Estado moderno na perspectiva weberiana: A Predomínio da riqueza privada sobre a legalidade pública como fonte de autoridade. B Monopólio da coação física legítima exercido por burocracia racional sob normas impessoais. C Substituição do aparato burocrático por liderança carismática, garantindo eficiência. D Supremacia de costumes sagrados como fundamento principal da obediência.