Em 14/08/2025, o Autor PAULO HENRIQUE DOS SANTOS SILVA adquiriu um Smartphone Xiaomi (128GB/4GB RAM) na loja CDC MANAUS 4 (Casa do Celular), pelo valor total de R$ 1.900,00, conforme comprovam o Recibo de Entrega e a Nota de Venda.
Na mesma data, o aparelho foi entregue ao consumidor, iniciando-se a garantia legal e contratual de 1 (um) ano, conforme expressamente informado no documento de venda, assegurando ao Autor o direito à reparação de quaisquer vícios de fabricação durante esse período. Em momento posterior à compra, o aparelho apresentou vício de qualidade, tornando-se inadequado ao uso normal e comprometendo sua funcionalidade. Diante disso, o Autor retornou à loja Ré para formalizar a reclamação e exercer seu direito previsto no artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, requerendo o conserto do aparelho ou a restituição do valor pago. A Ré, reconhecendo o defeito, recebeu o produto e decidiu encaminhá-lo para a assistência técnica/fabricante, assumindo a responsabilidade pelo reparo do vício. Em 15/10/2025, a Ré realizou o envio do aparelho para assistência técnica por meio de SEDEX Reverso, via Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), conforme comprovado pelo Atendimento ID Tiquete AC7V51VKQSYK.
O produto foi encaminhado à empresa DEAL4B SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA LTDA (Payjoy), sediada em Jaguariúna/SP, com valor declarado de R$ 2.100,00. Desde essa data, a Ré passou a deter a posse do bem, assumindo o ônus de sanear o vício dentro do prazo legal. Entre 15/10/2025 e a presente data (18/11/2025), transcorreram mais de 30 (trinta) dias desde o envio do produto para conserto, sem qualquer solução efetiva ao consumidor, configurando descumprimento do prazo legal previsto no art. 18, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor, o qual estabelece que o fornecedor possui o prazo máximo de 30 dias para sanar o vício apresentado no produto. Ultrapassado esse período, o consumidor passa a ter o direito de exigir, à sua escolha, a substituição do produto por outro da mesma espécie em perfeitas condições de uso, a restituição imediata da quantia paga devidamente atualizada ou o abatimento proporcional do preço, alternativas estas que não foram ofertadas pela Ré. Não obstante, até o momento, a Ré não devolveu o produto, não realizou o reparo, não apresentou qualquer justificativa e tampouco ofereceu alternativa ao consumidor, configurando flagrante retenção indevida do bem e violação direta aos direitos básicos do Autor, que vem sofrendo privação do uso de seu aparelho celular, bem essencial para comunicação, trabalho, serviços bancários e acesso a informações, situação que, pela retenção prolongada e injustificada, agrava o dano e gera prejuízos morais e materiais contínuos, já que o consumidor permanece sem o aparelho desde 15/10/2025, em evidente descumprimento do prazo legal e da boa-fé objetiva. Sendo assim, o Autor vem ao Poder Judiciário requerer a concessão de tutela de urgência, para que seja determinado à Ré que proceda imediatamente ao conserto do aparelho ou à sua substituição por um novo, bem como, alternativamente, a devolução integral do valor pago pelo produto (R$ 1.900,00), tudo a ser cumprido no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de multa diária a ser arbitrada por Vossa Excelência, diante da retenção indevida e do descumprimento do prazo legal previsto no art. 18 do CDC; requer, ainda, a condenação da Ré ao pagamento de indenização por danos morais, em razão da privação prolongada do uso de bem essencial e dos transtornos suportados, no valor sugerido de R$ 50.000,00.