A obra do renomado sociólogo britânico Paul Freston, particularmente seu influente livro publicado em 1993, intitulado Evangelicals and Politics in Africa, Asia and Latin America, representa uma contribuição seminal para a compreensão da interação entre política e religião. Focando particularmente a expansão das igrejas evangélicas no Brasil, Freston emprega uma análise perspicaz e abrangente para descortinar os efeitos políticos dessa tendência religiosa emergente. O sociólogo adentra no estudo do crescimento explosivo das igrejas evangélicas no Brasil, iniciado nas décadas de 1970 e 1980, e se dedica a analisar como tal fenômeno interferiu profundamente na política do país. Seu trabalho é pautado na observação meticulosa das mudanças demográficas, dos movimentos sociais e dos comportamentos políticos emergentes relacionados à ascensão do evangelicalismo. Freston observa que, com este movimento ascendente, muitos evangélicos passaram a se envolver ativamente na política, seja concorrendo a cargos públicos ou utilizando suas igrejas como plataformas para discutir e debater questões sociais e políticas. Ele ainda chama a atenção para a forma como a ascensão dos evangélicos está reformulando o poder religioso no Brasil, confrontando a longa hegemonia da igreja católica. Considerando as informações acima, avalie as afirmações: I. Freston destacou o crescimento impressionante das igrejas evangélicas no Brasil a partir dos anos 1970 e 1980, e como isso estava influenciando a política do país. II. Segundo Freston, a ascensão dos evangélicos no Brasil não causou nenhuma alteração significativa na dinâmica política do país e manteve inalterado o panorama religioso brasileiro. III. A análise de Freston tem sido uma referência na literatura acadêmica para o entendimento da intersecção entre religião e política no Brasil contemporâneo. ​​​​​​​ Estão corretas as afirmações: