A partir de seus conhecimentos acerca da colocação pronominal, podemos afirmar que: A “nação brasileira”, no poema, é associada ao uso inadequado da colocação pronominal (“me dá”), em contraste com o uso considerado adequado pelo professor, pelo aluno e pelo mulato sabido. O poema critica a linguagem coloquial atribuída ao professor, ao aluno e ao mulato sabido, valorizando o uso culto do pronome oblíquo praticado pelo bom negro e pelo bom branco. A gramática normativa considera correto colocar o pronome oblíquo “me” no início da frase, como no verso final “Me dá um cigarro”, validando o uso presente na linguagem cotidiana. O poema sugere que apenas o bom negro e o bom branco seguem corretamente as regras da gramática quanto à colocação do pronome oblíquo, diferentemente dos demais personagens citados. O poema contrapõe a forma prescrita pela gramática normativa (“dê-me”) ao uso coloquial e cotidiano (“me dá”), mostrando que a prioridade na fala é a compreensão mútua, e não o cumprimento rígido da norma.